"Este investimento permitirá que mais pessoas possam desfrutar deste espaço e compreender a importância da sua preservação, assegurando que a tapada não só seja um local de visita, mas também um espaço onde a conservação é visível e valorizada, sensibilizando, desta forma, as novas gerações para a importância da conservação da natureza", disse a ministra do Ambiente, Maria da Graça Carvalho, citada no comunicado.
O investimento vai permitir não só a valorização daquele património natural, florestal e biodiverso, através da gestão ativa e sustentável dos recursos, mas também promover o seu papel como espaço de lazer e de aprendizagem para a comunidade.
Financiado pelo Fundo Ambiental, entidade tutelada pelo Ministério do Ambiente e Energia, o investimento inclui diversas ações de conservação da natureza, educação ambiental, requalificação e melhoria das condições de visitação, complementadas com ações de gestão de combustíveis florestais, a executar até 2025.
Entre elas, consta a requalificação de trilhos, melhoria da sinalização, criação de novos espaços de interpretação ambiental e realização de atividades de educação ambiental.
O investimento é também destinado à requalificação e reforço em troços pertencentes à rede estrutural primária e secundária, no âmbito da defesa da floresta contra incêndios, bem como à requalificação e gestão ativa dos espaços florestais, tornando-os mais resilientes e ambientalmente favoráveis.
Desenvolvidas pela Tapada Nacional de Mafra, em parceria com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), as ações estão previstas no plano de valorização da tapada.
O investimento vai permitir melhorar as condições de visitação, promover a educação ambiental e contribuir para a conservação da biodiversidade.
A Tapada de Mafra, Património Mundial da UNESCO desde 2019, possui 800 hectares, onde vivem 500 animais de mais de centena e meia de espécies diferentes, entre gamos, veados, javalis, aves como a águia de Bonelli ou o bufo real, répteis como salamandras, tritões e cobras, e uma floresta exuberante, com quase uma centena de espécies de plantas, das quais 21 são árvores e arbustos.
Algumas das árvores da Tapada de Mafra são consideradas de interesse público, como o castanheiro-da-índia, a olaia e o sobreiro.
Além disso, é o único abrigo de morcegos na região de Lisboa e Oeste, com floresta densa e árvores autóctones, como sobreiros ou freixos, habitats destas espécies, uma vez que a zona está bastante modificada pelo aproveitamento agrícola dos campos e pela plantação de espécies arbóreas, como o eucalipto.
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