Governo dos Açores promete hospital modular operacional até final do ano

O presidente do Governo dos Açores prometeu hoje que o hospital modular vai estar totalmente operacional até ao final do ano e voltou a defender uma retoma em "progresso" do Hospital de Ponta Delgada após o incêndio.

Notícia

© iStock

Lusa
03/09/2024 20:43 ‧ 03/09/2024 por Lusa

País

Açores

"O que nós temos relativamente aos diferentes módulos é a programação contratualizada para até ao final deste ano termos os outros módulos instalados. Até ao final do ano. O que nós vamos é, obviamente, nos termos em que está contratualizando, ir acompanhando", declarou José Manuel Bolieiro.

 

O chefe do executivo açoriano (PSD/CDS-PP/PPM) falava após visitar o hospital modular construído nos terrenos do Hospital Divino Espírito Santo (HDES) de Ponta Delgada, na sequência do incêndio de 04 de maio que deixou inoperacional a maior unidade de saúde dos Açores.

Bolieiro rejeitou atrasos no funcionamento do hospital modular, que abriu hoje o serviço de urgência para casos menos graves, destacando que as urgências de maior gravidade vão continuar a ser reencaminhadas para a unidade de saúde da CUF (único hospital privado da região).

"Fizemos a retoma do funcionamento do HDES sempre em progresso. Eu tenho dito em várias circunstâncias que prefiro o excesso na prudência do que a negligência na ação", reiterou.

O presidente do Governo Regional considerou a instalação do hospital modular um "caso de estudo", elogiando a resposta dos profissionais de saúde.

"Acho que as pessoas se esqueceram ou perderam um pouco a consciência da gravidade do trágico incidente de 04 de maio. Isso foi um colapso tal. E a capacidade de resposta e adequação foi muito meritória", vincou.

A 18 de julho, o líder do governo açoriano disse ter a expectativa de "ter serviços a partir de agosto" a funcionar no hospital modular.

A secretária da Saúde, que acompanhou a visita de Bolieiro ao local, afirmou que havia a "possibilidade" de as urgências geral e pediátrica abrirem no final de agosto, mas a direção técnica da unidade de saúde pediu ao Governo Regional mais "72 horas para testar circuitos".

"Sendo urgência de porta aberta, os doentes são aqui triados [no hospital modular]. Se um doente for triado de laranja ou de amarelo, requer alguma estabilização e observação, que é feita neste lugar para depois ser alocado à melhor infraestrutura para sua situação", explicou a governante.

Mónica Seidi destacou que quando a infraestrutura modular tiver todos os serviços em funcionamento já não vai ser necessário reencaminhar pacientes para o hospital privado.

O HDES, em Ponta Delgada, o maior dos Açores, foi afetado por um incêndio no dia 04 de maio, que obrigou à transferência de todos os doentes internados para outras unidades de saúde, incluindo para fora da região.

Os prejuízos na infraestrutura, que está a retomar a atividade de forma gradual, foram estimados em 24 milhões de euros.

A 17 de julho, o presidente do Governo dos Açores afirmou que o hospital modular, orçado em 12 milhões de euros, vai garantir uma transição de "excelência" até à requalificação do HDES, tratando-se de uma "solução técnica" antes de ser uma opção política.

Leia Também: BE/Açores "preocupado com demora na reabertura" de serviços do HDES

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas