Ana Paula Martins começou, esta quarta-feira, a conferência de imprensa sobre o Plano de Emergência e Transformação da Saúde por referir o incidente com um helicóptero do INEM em Mondim de Basto, que aconteceu na segunda-feira.
"Queria deixar uma mensagem de reconhecimento pelas nossas equipas do INEM. Estas, equipas como todos sabemos, e os portugueses conhecem-nas bem, todos os dias arriscam a vida para salvar as nossas", disse a ministra da Saúde.
"Felizmente, a equipa e o piloto sobreviveram com ferimentos ligeiros. Para todos eles e para as suas famílias, os desejos de rápida recuperação", completou.
Começando a falar sobre o tema em apreço, o Plano de Emergência e Transformação da Saúde, a ministra disse que este "foi concebido para dar resposta a situações urgentes", deixando uma ressalva crítica em relação ao governo anterior: "Encontramos um SNS que não estava a conseguir dar resposta a muitos cidadãos".
"Conseguimos mudar tudo em três meses? Não, não conseguimos. Vamos ser sérios. Nunca ninguém prometeu isso", acrescentou a governante, admitindo os vários problemas nas urgências, em específico, nas de Obstetrícia.
A responsável pela pasta alertou também que as unidades locais de saúde têm de garantir uma gestão eficaz dos recursos humanos, alegando que "não pode acontecer" o encerramento de urgências de obstetrícia como no último domingo.
Ana Paula Martins sublinhou, porém, que há departamentos onde se conseguiu fazer diferença, como o Oncológico, onde havia - e continua a haver - atrasos significativos em termos de tempo de resposta: "Conseguimos realizar 25.800 cirurgias a doentes com cancro de 1 de maio a 30 de agosto".
A ministra anunciou, ainda, que será amanhã aprovado, em sede de Conselho de Ministros, o decreto para implementar as Unidades de Saúde Familiar (USF) modelo C (entidades estabelecidas com autonomia organizacional e financeira e com um contrato-programa com as ARS).
O Governo vai aprovar na quinta-feira a criação de Unidades de Saúde Familiar geridas pelos setores social e privado, prevendo-se que abram 20 em Lisboa e Vale do Tejo, Algarve e Leiria, zonas carenciadas de médicos de família.
Lusa | 14:02 - 04/09/2024
Sublinhe-se que o Plano de Emergência e Transformação da Saúde é composto por 54 medidas, 12 das quais concluídas e 40 em fase de implementação, segundo os últimos dados do Governo.
[Notícia atualizada às 14h12]
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