A decisão do Banco de Portugal foi abrangente: todas as contas da família Espírito Santo foram congeladas até à terceira geração. Tal envolve não só os que estão mais próximos do ‘falecido’ BES como outros membros não tão próximos. O que inclui avós, maridos, mulheres, filhos e até netos. Há casos em que a situação já começa a ser dramática, revela o i.
Com os depósitos a transitar para o bad bank, os Espírito Santo vêem o nome da família perder também o seu valor, na sequência da derrocada da instituição bancária. Revela o i que dezenas de familiares que não estavam ligados ao banco nem ao Grupo Espírito Santo mas que não tinham depósitos noutros bancos, ou fora do país, estão a passar dificuldades para pagar as contas do dia-a-dia, nomeadamente contas de casa como gás, água e eletricidade.
Há também registo de três idosos que tiveram que abandonar o lar devido à impossibilidade de o pagar – pelo menos até o Banco de Portugal permitir que possam movimentar o dinheiro ou que os depósitos possam, pelo menos, transitar para o Novo Banco, nascido das ‘cinzas’ do BES.
Há membros dos Espírito Santo que têm tentado desbloquear a situação mas não se sabe ainda quanto tempo é que o Banco de Portugal levará a dar resposta aos pedidos que já lhe chegaram a propósito desta situação. O processo envolve a entrega de documentação sobre rendimentos, montantes depositados e atividades profissionais. O objetivo é não deixar margem para qualquer ‘fuga’ de capital que não pertença “efetivamente” ao membro da família.