Intensidade de fogos em Baião abrandou mas fica rasto de destruição

Um dos dois grandes incêndios que assolam Baião desde segunda-feira está "praticamente extinto" e o segundo abrandou a intensidade nas últimas horas, disse à Lusa o presidente da câmara, Paulo Pereira, lamentando os prejuízos avultados.

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© Octavio Passos/Getty Images

Lusa
17/09/2024 21:36 ‧ 17/09/2024 por Lusa

País

Incêndios

"A situação está mais calma, o vento abrandou e as temperaturas baixaram", assinalou o autarca.

 

O maior dos dois incêndios, que lavrou no sul deste concelho do distrito do Porto, a partir de Gôve, está quase extinto, esperando-se que durante a noite não resista aos meios de combate no terreno, entretanto reforçados, acrescentou.

Às 21:00, o dispositivo de combate era formado por 61 bombeiros e 18 operacionais.

O segundo incêndio, que partiu de Gestaçô em direção à serra da Aboboreira, ainda lavra em algumas zonas, nomeadamente na zona do Castelo e na encosta para Valadares, onde os meios estão posicionados para defender as habitações, se for necessário.

O presidente da câmara disse ter a indicação dos meios de combate de que durante à noite deverá haver possibilidades de pôr termo definitivo ao incêndio, com ajuda do aumento da humidade que está previsto.

A única dúvida, ressalvou, é se o vento voltar a ganhar intensidade, o que dificultaria as operações.

Os dois incêndios deixaram um rasto de destruição em casas, veículos, floresta e terrenos agrícolas, nomeadamente vinhedos em tempo de vindima, que sucumbiram às chamas, num cenário nunca visto no concelho, reafirmou à agência Lusa.

Na serra da Aboboreira, por exemplo, foram destruídas as cerca de 8.000 árvores que tinham sido plantadas nos últimos anos pela autarquia, no âmbito de um projeto de reflorestação.

Também a vinha do Mosteiro de Ancede, propriedade do município, ficou reduzida a cinzas.

"Está feita a vindima", lamentou.

Pelo menos sete pessoas morreram e 40 ficaram feridas, duas com gravidade, nos incêndios que atingem desde domingo a região norte e centro do país, nos distritos de Aveiro, Porto, Vila Real e Viseu, destruíram dezenas de casas e obrigaram a cortar estradas e autoestradas, como a A1, A25 e A13.

As mais recentes vítimas são três bombeiros que morreram hoje num acidente quando se deslocavam para um incêndio em Tábua, distrito de Coimbra.

A área ardida em Portugal continental desde domingo ultrapassa os 62 mil hectares, segundo o sistema europeu Copernicus, que mostra que na região norte e centro, atingida pelos incêndios desde o fim de semana, já arderam 47.376 hectares. 

Leia Também: Chamas no concelho de Arganil estão a ceder ao combate

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