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Fogos. Lesados pedem celeridade nos apoios e lembram casos por resolver

O Movimento Associativo de Apoio às Vítimas dos Incêndios de Midões (MAAVIM) pediu hoje celeridade no apoio aos lesados dos incêndios deste ano, mas também dos anteriores, lembrando que existem ainda "muitos processos por resolver e famílias por auxiliar".

Fogos. Lesados pedem celeridade nos apoios e lembram casos por resolver
Notícias ao Minuto

26/09/24 22:02 ‧ Há 2 Horas por Lusa

País Incêndios

Este movimento, constituído na sequência dos fogos de outubro de 2017, pediu que os apoios divulgados hoje pelo Governo sejam "na medida dos procedimentos que já existiam de modo a que as famílias, autarquias e CCDR's [Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional] possam despachar os processos".

 

"Não pode neste momento estar a CCDR Norte a trabalhar com um procedimento e a CCDR Centro com outro diferente. As CCDR falharam no passado e as famílias e as empresas não podem estar à espera da criação de mais formulários e mais burocracia", alertou, em comunicado.

Para o MAAVIM, os apoios têm de "seguir uma lógica que é a de ajudar quem perdeu os seus bens sejam eles de pouco valor ou muito valor".

"Não pode ser efetuado como no passado recente onde o que imperava era a ordem do superior autárquico. O estado tem de assumir as suas responsabilidades e não deixar acontecer o que aconteceu nos anteriores incêndios, onde se gastaram milhões e não se sabe ainda hoje para onde foram", sublinhou ainda.

Este movimento pediu também "medidas urgentes e justas", apelando para que não sejam esquecidos "todos os anteriores lesados que desde 2017 ficaram de fora dos apoios, por medidas erradas e injustas".

O MAAVIM revelou ainda que vai solicitar uma audição na Assembleia da República para numa primeira fase, colaborar na "resolução rápida destes problemas de quem tudo perdeu e de quem ficou para trás nos processos anteriores".

O Governo anunciou hoje que vai financiar a 100% até ao limite de 150 mil euros a reconstrução e reabilitação de casas de primeira habitação afetadas pelos incêndios que, na semana passada, atingiram sobretudo as regiões Norte e Centro de Portugal.

Quando o valor das obras ultrapassar os 150 mil euros, o executivo liderado por Luís Montenegro vai financiar esse excedente em 85%, revelou hoje o ministro Adjunto e da Coesão Territorial no final da reunião do Conselho de Ministros, que decorreu em Lisboa.

A reconstrução e reabilitação das habitações ficará a cargo do proprietário ou do município, optando o Governo PSD por não delegar essa tarefa nas Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) por considerar que a sua vocação "não é serem empreiteiros", explicou Manuel Castro Almeida.

O ministro da Agricultura, José Manuel Fernandes, foi incumbido "de apresentar no prazo de três meses um plano de ação para a floresta", com "uma estratégia" para "valorizar a floresta", revelou hoje o ministro Adjunto e da Coesão Territorial, no final da reunião do Conselho de Ministros.

Uma outra resolução aprovada pelo Conselho de Ministros define quais os concelhos e freguesias abrangidas pela situação de calamidade, com base num trabalho técnico dos serviços das florestas e da proteção civil, e cuja lista foi adotada pelo Governo.

Nove pessoas morreram e mais de 170 ficaram feridas em consequência dos incêndios que atingiram na passada semana sobretudo as regiões Norte e Centro de Portugal.

A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil contabilizou oficialmente cinco mortos nos fogos.

Os incêndios florestais consumiram, entre os dias 15 e 20 de setembro, cerca de 135.000 hectares, totalizando este ano a área ardida em Portugal quase 147.000 hectares, a terceira maior da década, segundo o sistema europeu Copernicus.

Leia Também: Ministro da Agricultura tem 3 meses para fazer plano de ação da floresta

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