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Líbano. Governo destaca "sucesso" e admite novas missões de repatriamento

Um grupo, composto por 44 pessoas que pediram para deixar o Líbano, aterrou, este sábado, em Lisboa.

Líbano. Governo destaca "sucesso" e admite novas missões de repatriamento
Notícias ao Minuto

28/09/24 21:30 ‧ Há 1 Hora por Notícias ao Minuto com Lusa

País Médio Oriente

O secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros, Nuno Sampaio, realçou, este sábado, o "sucesso" da missão de repatriamento de 28 cidadãos portugueses e seus familiares, residentes no Líbano, e admitiu a "possibilidade" de operações futuras, assegurando que o Governo "tem capacidade de resposta para acolher outras situações que possam surgir". 

 

Em declarações aos jornalistas a partir do aeroporto de Figo Maduro, em Lisboa, o governante começou por sublinhar que os portugueses e familiares que "demonstraram vontade de sair" do Líbano "chegaram com sucesso". 

"Queria também felicitar todo o trabalho e articulação do Ministério dos Negócios Estrangeiros, das Forças Armadas, em particular da Força Aérea, que demonstraram a capacidade de resposta num momento no terreno bastante delicado. Não é a mesma coisa fazer este tipo de missão em tempo de paz e fazer com a situação que, neste momento, se vive no Médio Oriente e, em particular, no Líbano", frisou, deixando assim uma "palavra de reconhecimento".

"Felizmente, estas pessoas estão agora em solo português", disse, referindo que há "muitos detalhes" sobre a operação que não podem ser revelados devido "à segurança das pessoas que foram evacuadas do Líbano". 

Interrogado sobre se iriam ocorrer operações futuras semelhantes, o secretário de Estado admitiu: "Há sempre essas possibilidade, tendo em conta que há pessoas que têm de organizar a sua vida. Isto é sempre uma situação dramática, uma pessoa ter de deixar um país numa situação de guerra. E há muitas pessoas que podem não querer deixar para trás a sua vida [agora] e podem, noutro momento, ter de sair do Líbano", respondeu. 

"A qualquer momento, teremos sempre a capacidade de resposta para acolher outras situações que possam surgir", garantiu.

Nuno Sampaio assegurou ainda que o Governo "acompanha com muita atenção e preocupação tudo aquilo que se passa no Médio Oriente".

"Neste momento, temos uma situação muito delicada e a diplomacia portuguesa e o Estado português trabalham sempre no sentido de, por um lado, garantir a segurança dos cidadãos portugueses e, por outro lado, para que se possa alcançar a paz", completou.

De realçar que os 28 cidadãos portugueses residentes no Líbano que solicitaram ajuda para sair do país com as suas famílias chegaram hoje à noite a Portugal, num avião militar que aterrou às 20h36 no aeroporto de Figo Maduro.

Já chegaram os portugueses que pediram ajuda para sair do Líbano

Já chegaram os portugueses que pediram ajuda para sair do Líbano

O avião KC-390, da Força Aérea Portuguesa, aterrou no Aeródromo Militar de Figo Maduro, em Lisboa, por volta das 20h30.

Notícias ao Minuto com Lusa | 20:37 - 28/09/2024

A operação da Força Aérea de repatriamento de portugueses do Líbano -- uma missão solicitada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros e pelo Ministério de Defesa Nacional - começou na sexta-feira, envolvendo duas fases: uma primeira, em que os cidadãos nacionais e seus familiares foram transportados para Lanarca, em Chipre; e uma segunda fase, hoje concluída, com o seu transporte de Chipre para Portugal.

O grupo de 44 pessoas é composto por 24 pessoas que já na sexta-feira estava previsto retirar do país e mais 20 que entretanto apresentaram o mesmo pedido.

Em comunicado, o MNE indicou que "a operação de repatriamento envolveu um avião Falcon-50 e um avião KC-390" da Força Aérea Portuguesa (FAP).

Israel iniciou na passada segunda-feira uma campanha de intensos bombardeamentos contra o movimento xiita libanês Hezbollah no sul e no leste do Líbano, mas também nos subúrbios sul da capital, Beirute, após mais de 11 meses de intenso fogo cruzado na fronteira israelo-libanesa, iniciados um dia depois de o movimento islamita palestiniano Hamas -- de que o Hezbollah é aliado -- ter efetuado em território israelita, a 07 de outubro, um ataque que fez cerca de 1.200 mortos e 251 reféns.

A escalada da violência entre Israel e o Hezbollah tem levado milhares de pessoas a abandonar o Líbano.

Hoje, o movimento xiita confirmou a morte do seu líder, Hassan Nasrallah, num bombardeamento israelita.

[Notícia atualizada às 21h53]

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