PCP pede mais do que "apoios pontuais" e insiste em aumento nas pensões
O secretário-geral do PCP criticou hoje a insuficiência dos "apoios pontuais" nas pensões, considerando que os pensionistas precisam de mais segurança nos rendimentos, e insistiu na defesa do aumento mínimo de 70 euros para todos os reformados.
© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images
País Paulo Raimundo
Em declarações aos jornalistas após um encontro com a MURPI - Confederação Nacional de Reformados, Pensionistas e Idosos, em Lisboa, no contexto do Dia Internacional do Idoso - que se assinala esta terça-feira, dia 01 de outubro -, Paulo Raimundo defendeu o direito dos pensionistas de "viver o resto dos dias com o máximo de dignidade possível e nas melhores condições possíveis".
Para isso, disse o secretário-geral do PCP, exigem-se "opções políticas que respondam a essa necessidade" como, exemplificou, o aumento mínimo de 70 euros para todas as reformas e pensões, uma proposta já apresentada pelos comunistas na campanha eleitoral das últimas legislativas.
"É uma questão importantíssima. É com isto que os reformados e pensionistas se podem organizar e não é com apoios pontuais aqui ou ali. Sendo importantes, eles não se podem, a vida das pessoas não se compadece, as despesas não se compadecem com este ou aquele apoio pontual, precisam de segurança, e a segurança aqui só se dá com o aumento das reformas e das pensões", defendeu o líder do PCP.
Questionado sobre a proposta do PS para que a margem orçamental destinada ao IRS Jovem seja aplica num aumento extraordinário de pensões de 1,25 pontos percentuais até ao valor correspondente a três vezes o Indexante de Apoios Sociais (IAS), Paulo Raimundo defendeu que esta é uma proposta que resulta de estar "tudo a ver como é que fica melhor na fotografia" e que o PCP "não alimenta isso".
Raimundo defendeu também a criação de uma rede pública de lares e a criação de "estruturas de apoio aos idosos e reformados que têm um papel determinante no dia a dia e na ocupação dos tempos livres" dos pensionistas.
No final do encontro, Isabel Gomes, presidente da direção da MURPI, sublinhou também a necessidade um aumento mínimo de 70 euros das pensões e apelou a que seja dada uma "atenção especial" pelos partidos à petição por uma rede pública de lares organizada pela associação, que contou com mais de 8.000 assinaturas.
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