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Há cada vez mais pós-graduados chineses na Universidade de Lisboa

O reitor da Universidade de Lisboa disse hoje que há cada vez mais pós-graduados chineses na instituição de ensino superior e que isso significa que a formação em língua portuguesa na China é de qualidade.

Há cada vez mais pós-graduados chineses na Universidade de Lisboa
Notícias ao Minuto

30/10/24 10:23 ‧ Há 2 Horas por Lusa

País Reitor

"São cada vez mais os estudantes chineses que vão fazer o mestrado e o doutoramento. Isso é um bom sinal, é sinal de que o seu grau de licenciatura já é de grande qualidade", referiu aos jornalistas Luís Manuel dos Anjos Ferreira, que se encontra em Macau para participar no 3.º Fórum dos reitores das instituições do ensino superior da China e dos países de língua portuguesa, entre hoje e quinta-feira.

 

Ou seja, estes alunos já não estão em Portugal para aprender o idioma, notou o dirigente, salientando que se encontram num patamar mais avançado, a desenvolver estudos em áreas como Literatura ou Tradução.

Em 2022, 51 instituições de ensino superior ofereciam programas de língua portuguesa no interior da China, segundo uma compilação divulgada pelo académico da Universidade Politécnica de Macau Manuel Duarte João Pires nesse mesmo ano. No caso de Macau, são cinco universidades com programas de português.

Além dos estudantes oriundos da China que optam por graus académicos mais avançados na Universidade de Lisboa, há ainda, de acordo com o reitor, "uma quantidade enorme" de alunos chineses inscritos em cursos de verão de língua portuguesa na faculdade de Letras.

"Chegamos a ter 200 e 300 estudantes nessa altura. Começam a aparecer no fim de maio, junho, julho, agosto, o que mostra a procura da língua portuguesa e da aprendizagem do português", referiu.

Sobre o desenvolvimento de novas tecnologias na área da tradução, o responsável admitiu que nesta "fase de transição" que se vive, com "sistemas novos de tradução automática e simultânea", as pessoas continuam a ser necessárias.

"Para comunicarmos, precisamos de olhar nos olhos, mexer as mãos, fazer uma série de trejeitos que nós sabemos ler nos outros e que a máquina nunca consegue fazer, além de erros que vai continuar a fazer, apesar de, com esta tecnologia moderna, estarmos a melhorar a cada dia que passa. Mas isso é mais fácil fazer em textos e áreas relativamente restritas, como um projeto de investigação, do que naquilo que é a relação interpessoal", disse.

A Universidade de Lisboa assinou hoje um memorando de entendimento com a Universidade da Cidade de Macau para o intercâmbio de estudantes.

Luís Anjos Ferreira lembrou que a instituição está ainda ligada a outras escolas de educação superior na China, destacando a Universidade de Macau, a Universidade Politécnica do Macau e a Universidade de Xangai.

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