Junta lisboeta de Benfica repudia vandalismo na freguesia. As imagens

A Junta de Freguesia de Benfica repudiou hoje os "atos de vandalismo" registados durante a madrugada, com dez automóveis incendiados, mas ressalvou que os acontecimentos não refletem a realidade de segurança que sempre caracterizou este bairro de Lisboa.

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© Facebook Junta de Freguesia de Benfica

Lusa
30/10/2024 21:32 ‧ há 4 semanas por Lusa

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Benfica

"Esta onda de vandalismo, embora preocupante, não reflete a realidade de segurança que sempre caracterizou Benfica. É nossa convicção que os atos ocorridos nesta última madrugada não estão relacionados com os da madrugada do passado sábado, considerando que foram em tudo diferentes, quer na forma, quer nos engenhos utilizados, quer no 'modus operandi'", lê-se numa mensagem divulgada nas redes sociais da Junta de Freguesia.

 

Depois de na noite de sábado para domingo terem ardido na freguesia 11 veículos ligeiros e três motociclos, esta madrugada outras 10 viaturas foram incendidas (pode ver as imagens divulgadas pela Junta de Freguesia de Benfica na fotogaleria acima).

No fim de semana, além dos veículos incendiados foram vandalizados em Benfica dois edifícios, uma loja, mobiliário urbano e caixotes do lixo.

Entretanto, o suspeito de ter provocado o incêndio nas viaturas esta madrugada, junto ao Centro Comercial Fonte Nova, já foi detido e vai ficar em prisão preventiva, de acordo com a PSP.

Na nota, a Junta de Freguesia de Benfica expressa "o seu lamento profundo e o seu repúdio pelos atos de vandalismo" ocorridos e garante estar "em estreito contacto com as autoridades policiais e judiciais para investigar as causas e assegurar que incidentes como este não se repitam, e também de modo a reforçar a segurança e a promover um ambiente mais tranquilo" na comunidade.

A Junta de Benfica, presidida por Ricardo Marques, adianta ainda que, após os acontecimentos de sábado, solicitou com caráter de urgência uma reunião com a ministra da Administração Interna, para abordar os incidentes registados, bem como "a possibilidade de poderem ser encontradas formas de ressarcir" os fregueses pelos "graves prejuízos sofridos".

Contudo, é acrescentado, até agora, a autarquia não recebeu "qualquer resposta a este pedido".

Após a morte de Odair Moniz, baleado por um agente da PSP, no dia 21 de outubro, registaram-se durante vários dias tumultos na Área Metropolitana de Lisboa, onde foram queimados e vandalizados autocarros, automóveis e caixotes do lixo, somando-se cerca de duas dezenas de detidos e outros tantos suspeitos identificados. Sete pessoas ficaram feridas, uma das quais com gravidade.

Odair Moniz, cidadão cabo-verdiano de 43 anos e morador no Bairro do Zambujal, na Amadora, foi baleado por um agente da PSP, no Bairro da Cova da Moura, no mesmo concelho, e morreu pouco depois, no hospital.

Segundo a PSP, o homem pôs-se "em fuga" de carro depois de ver uma viatura policial e despistou-se na Cova da Moura, onde, ao ser abordado pelos agentes, "terá resistido à detenção e tentado agredi-los com recurso a arma branca".

A associação SOS Racismo e o movimento Vida Justa contestaram a versão policial e exigiram uma investigação "séria e isenta" para apurar responsabilidades, considerando que está em causa "uma cultura de impunidade" nas polícias.

A Inspeção-Geral da Administração Interna e a PSP abriram inquéritos, e o agente que baleou o homem foi constituído arguido.

Leia Também: Prisão preventiva para homem suspeito de incendiar 10 carros em Benfica

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