A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, afirmou que a "promessa da Aliança Democrática" (AD) para a sua pasta "cumpriu-se" em "menos de 60 dias", quando o Governo apresentou um plano de emergência e de “transformação na saúde”. Para a responsável, os resultados são hoje bem visíveis no número de urgências de obstetrícia disponíveis e de doentes oncológicos à espera de cirurgia.
"Relativamente às urgências posso dizer que hoje estive a consultar o portal interativo em que sabemos quais as urgências que estão abertas e hoje temos uma urgência de obstetrícia encerrada, em Setúbal, quatro em situação de contingência e 204 urgências a funcionar", defendeu Ana Paula Martins no programa Grande Entrevista, da RTP.
No que toca à oncologia, de acordo com Ana Paula Martins, o programa do Governo para os doentes oncológicos foi também um "acelerador da recuperação das listas de espera", permitindo que atualmente já não existam doentes "numa lista de espera além dos tempos clínicos".
"Quando começámos o programa, de maio a setembro, fizemos 35 mil cirurgias. É uma situação que os parece muito positiva. Vamos ver agora como mantemos essa situação", explicou a ministra da Saúde.
Este programa para os doentes oncológicos não será prolongado, mas a ministra garante que já foi criada "uma dinâmica" nas equipas dos hospitais que permitiu resolver o problema.
"Depois de termos resolvido o mais urgente, fomos para o que era prioritário, mas dissemos aos hospitais que só podíamos pagar estes incentivos se as equipas não deixassem para trás os doentes oncológicos", afirmou.
Às críticas de que o Governo recorre demasiado aos meios privados, a ministra responde que não vai "desperdiçar a capacidade instalada nos setores social e privado".
Já sobre a falta de médicos de família, que persiste, a ministra da Saúde disse que o Executivo tem "tido concursos para médicos de família" que não consegue preencher, revelando um claro "problema de recursos humanos no setor".
"Não conseguimos parar o vento com as mãos", rematou Ana Paula Martins.
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