Apoiantes do Climáximo invadem conferência sobre refinação no Estoril

Dois elementos do movimento Climáximo foram hoje detidos após um protesto na Conferência Europeia sobre Tecnologia de Refinação, no Centro de Congressos do Estoril, com apoiantes a invadir o evento e outros a pintarem a fachada de vermelho.

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Lusa
12/11/2024 14:49 ‧ 12/11/2024 por Lusa

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De acordo com o comunicado deste movimento, a conferência "é criminosa", por reunir algumas das maiores empresas de combustíveis fósseis num momento em que decorre também no Azerbaijão a 29.ª Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP29).

 

"Este é um evento criminoso onde entidades assassinas se fecham negócios para manterem os seus lucros a níveis recorde com a expansão da queima de combustíveis fósseis, à custa da destruição das nossas vidas. Como é que eles se atrevem? Não podemos aceitar que continuem a matar-nos", afirmou Mariana Rodrigues, em declarações citadas na nota divulgada, apontando a responsabilidade de lançar "bombas de carbono" a estas empresas.

O movimento apelou também "a toda a sociedade" para se juntar à manifestação "Parar enquanto podemos", agendada para 23 de novembro, com partida às 15:00 da Praça Paiva Couceiro e o posterior bloqueio da Praça do Chile "quebrar a normalização da violência da crise climática e construir a resistência capaz de desmantelar a indústria fóssil".

Mariana Rodrigues assinalou ainda que a COP29 traz apenas "conversas vazias sobre soluções para a crise climática", ao considerar o Azerbaijão "um petroestado", salientando que o evento junta governos e lobistas de algumas das empresas com mais responsabilidades nas emissões de gases com efeito de estufa.

Para um "futuro sustentável e resiliente", a apoiante do Climáximo, de 29 anos, enfatizou que a solução não passa nem pelas empresas, nem pelos governos: "Têm de ser as pessoas comuns a travá-los e a mudar o rumo da história", concluiu.

Leia Também: Climáximo diz que cimeira da COP29 é "uma fraude"

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