Incendiou carro de 'ex' porque queria "reaver dinheiro pago pela viatura"
Por ter ficado inconformado com a separação, o homem "decidiu ordenar a terceiros que incendiassem o veículo, por forma a que a ofendida fosse ressarcida do respetivo valor, pela companhia de seguros".
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País Campo Maior
O homem de 70 anos que ficou em prisão preventiva "pela prática de um crime de violência doméstica agravado e de três crimes de incêndios, explosões e outras condutas especialmente perigosas", em Campo Maior, ordenou que o automóvel da ex-companheira fosse incendiado para "reaver o dinheiro pago pela referida viatura".
O Ministério Público detalhou, num comunicado divulgado esta segunda-feira, que o arguido e a vítima "mantiveram uma relação de namoro durante cerca de 13 anos, a qual terminou em finais de julho de 2024".
No decurso do relacionamento, o homem ofereceu à ex-companheira "um veículo automóvel ligeiro de passageiros", sendo que, por ter ficado inconformado com a separação, "decidiu ordenar a terceiros que incendiassem o veículo, por forma a que a ofendida fosse ressarcida do respetivo valor, pela companhia de seguros".
Assim, e apesar de estar "consciente de que a ofendida não tinha possibilidades financeiras", o suspeito "pretendia reaver o dinheiro pago pela referida viatura".
No dia 1 de agosto, "terceiros não identificados […] incendiaram a viatura que se encontrava estacionada à porta da Santa Casa da Misericórdia em Campo Maior", com recurso a "um produto acelerante de combustão". O crime provocou ainda "danos nos veículos estacionados e na porta da Santa Casa da Misericórdia".
O homem, que ficou sujeito às medidas de coação de termo de identidade e residência e prisão preventiva, foi também acusado de "um crime de coação, um crime de perseguição, um de devassa da vida privada e um crime de gravações ilícitas", de acordo com a Polícia Judiciária (PJ).
A sua detenção, que contou com a colaboração da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), permitiu ainda apreender "cerca de 13.650 litros de óleo e de azeite alimentar suspeitos de fraude e adulteração por parte do agressor".
A investigação prossegue a cargo da PJ de Évora, sob a direção do Ministério Público de Elvas.
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