O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, José Ornelas, afirmou que a "igreja portuguesa não é rica", admitindo que a sua diocese "está no vermelho", mas afastou o cenário de bancarrota e disse que "não vai faltar" dinheiro para as indemnizações às vítimas de abusos sexuais.
"Acredito que, para isto, não vai faltar o que é preciso. Para que estas pessoas possam receber um sinal de reconhecimento e de arrependimento do mal que lhes foi feito", afirmou José Ornelas, numa entrevista à TSF.
Para o líder da Conferência Episcopal Portuguesa, os abusos sexuais na Igreja são "uma tragédia grande" a que "ninguém pode fechar os olhos".
"Era preciso enfrentar este problema com todas as questões que tinha e os trabalhos que dá, mas era preciso e é preciso não só na Igreja, mas no país e no mundo, enfrentar esta questão", reconheceu o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa.
A Conferência dos Institutos Religiosos de Portugal (CIRP) decidiu, este mês, alargar até 31 de março de 2025 o prazo para as vítimas de abuso nestas instituições apresentarem pedidos de compensação financeira, seguindo a decisão tomada anteriormente pelo episcopado.
Antes, na semana anterior, a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) decidira alargar até 31 de março do próximo ano o prazo para que as vítimas de abuso sexual no seio da Igreja apresentem pedidos de compensação financeira.
O alargamento do prazo, inicialmente previsto para 31 de dezembro deste ano, deve-se ao facto de o regulamento para o pedido de indemnizações ter sido divulgado apenas em 25 de julho.
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