Esta terça-feira está a ficar marcada pelos protestos dos Bombeiros Sapadores e as imagens dos momentos estão a ser partilhadas nas redes sociais.
Em Lisboa, centenas as de operacionais manifestam-se, tendo havido o acendimento de tochas, assim como de petardos. Para além disto, ouvem-se na capital os gritos de revolta pela falta de equiparação de tratamento a outras forças de segurança.
"Está a arder? Chamem os políticos", lê-se numa das faixas levadas pelos operacionais, que vieram de todo o país. "Enquanto salvamos vidas, o Governo brinca com as nossas", apontam ainda.
O vídeo acima mostra o fumo e momentos de protesto, que estão a ser acompanhados por outras forças de segurança. A situação levou, no entanto, à suspensão da reunião do Governo com os sindicatos representantes dos Bombeiros Sapadores. O encontro estava marcado para esta terça-feira, mas, segundo fonte do Executivo, foi suspenso por "razões de segurança".
Os Sapadores reivindicam um horário semanal de 35 horas, o pagamento de suplementos em 14 meses em vez de 12 e um aumento dos suplementos de 30% sobre o salário base. Exigem um tratamento igual ao das outras forças de segurança e garantem que "não vão aceitar migalhas".
À saída da reunião os sindicatos garantiram que os operacionais não iriam ceder a pressões e que iriam continuar a lutar pelas "linhas vermelhas" combinadas.
"O Governo e os políticos estão a faltar à palavra dada nas negociações", afirmou Ricardo Ribeiro, dos Sapadores de Lisboa.
A concentração dos Sapadores começou em Alvalade e o grupo de bombeiros, todos fardados e muitos com capacetes, percorreu a Avenida de Roma em passo lento, gritando palavras de ordem contra o Governo os petardos. Em redor do edifício Campus XXI, onde se encontra a sede do Governo, estava desde as 8h um forte dispositivo das autoridades, incluindo várias carrinhas da Unidade Especial de Polícia. Já na Avenida Joao XXI, os bombeiros correram de forma desordenada e pararam junto ao edifício gritando "Sapadores" e "exigimos respeito".
O grupo foi encaminhado para as traseiras do Campus XXI, onde houve nova concentração, com vários petardos lançados contra as portas fechadas do edifício.
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