José Cesário lembra portugueses detidos no estrangeiro em mensagem natalícia

O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas lembrou hoje, na sua mensagem de Natal, os portugueses que cometem um pequeno erro no estrangeiro e são sujeitos a "tratamentos desproporcionais" devido à legislação nesses países.

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© Paulo Spranger/ Global Imagens

Lusa
18/12/2024 23:17 ‧ há 2 horas por Lusa

País

Comunidades Portuguesas

José Cesário contou a história de Rui Pedro, detido há cinco anos em Abu Dhabi, quando tinha 23 anos, por ter consigo "uma pequeníssima dose de droga para uso pessoal", um crime grave neste e noutros países do Oriente.

 

"Foi condenado a 10 anos de prisão. A sua mãe gastou o que tinha e o que não tinha para lhe garantir uma defesa digna. Claro que entrou em desespero total pois poucos a ouviram e entenderam o inferno em que vivia", relatou.

Cesário falou com a mãe e, "com uma ajuda muito especial" da diplomacia portuguesa naquele país, tentou ajudar, nomeadamente através de um pedido de perdão às autoridades locais, que o governante formalizou por duas vezes.

O pedido de perdão "foi finalmente concedido pelas autoridades dos Emirados", levando o secretário de Estado a concluir que "vale a pena estar na política".

"Os cinco anos que aquele jovem, agora com 28 anos, passou na prisão já são uma pena suficiente para perceber que há leis e regras que, em sociedade, têm de ser respeitadas", afirmou.

Nesta mensagem natalícia, José Cesário disse esperar que este e outros casos semelhantes possam ser uma lição: "Há coisas que em Portugal e em muitos outros países são banais, mas que noutros locais são graves crimes, que destroem vidas de tantas e tantas famílias".

"E é bom que todos tenhamos consciência que abundam estas situações nas nossas comunidades e entre os círculos dos nossos conhecidos. Conheço tantas pessoas que sempre tiveram um discurso implacável contra a conduta de quem entra no mundo das toxicodependências, mas que rapidamente mudam de tom quando estes dramas entram pela sua casa dentro", observou.

E garantiu o envolvimento presente e futuro "na ajuda a quem, como neste caso, comete um pequeno erro e é sujeito a tratamentos desproporcionais. É tão frequente entre portugueses por esse mundo fora".

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