A greve decorreu no período noturno, entre as 00h00 e as 06h00 daqueles dias, com "uma adesão semelhante nas duas noites", disse à agência Lusa o delegado sindical do STAL, Carlos Fernandes, precisando que "cerca de 65% dos trabalhadores" fizeram greve.
A greve "teve menos impacto do que em outros concelhos, como Lisboa, porque a paralisação é apenas no período da noite e o grosso do lixo acaba por ser recolhido pelos trabalhadores dos turnos diurnos", acrescentou o sindicalista.
No caso do concelho de Oeiras, no distrito de Lisboa, "a greve de dois dias prendeu-se com fatores muito específicos que afetam sobretudo os trabalhadores da noite", disse Carlos Fernandes, lembrando que estes profissionais reivindicam o pagamento do trabalho noturno e do suplemento de perigosidade e insalubridade - a que têm direito durante o ano - na remuneração de férias dos trabalhadores, bem como o cumprimento do caderno reivindicativo entregue pelo STAL em abril, entre outras matérias como a aplicação, em 2025, da alteração remuneratória gestionária.
Questionada pela agência Lusa, a Câmara de Oeiras confirmou que a adesão à greve "foi hoje exatamente igual à de ontem [quinta-feira], acrescentando que "do universo dos trabalhadores da recolha noturna, 62% fizeram greve" e que, no universo de todos os turnos, a adesão foi de 14%.
Além de Oeiras, os trabalhadores da higiene urbana do município de Lisboa estão desde quarta-feira e até 02 de janeiro em greve ao trabalho extraordinário, a que se juntou uma greve de 24 horas durante quinta-feira e hoje.
Também na empresa Resinorte, que abrange dezenas de autarquias da região Norte do país, se registam greves a recolha do lixo em vários municípios.
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