O antigo primeiro-ministro indiano Manmohan Singh, considerado o arquiteto do programa de reformas económicas no país e de um acordo nuclear histórico com os Estados Unidos, morreu na quinta-feira aos 92 anos.
A nota de condolências de Marcelo Rebelo de Sousa foi publicada na página oficial da Presidência da República, na qual se afirma que o antigo governante se distinguiu "pela dedicação ao serviço do seu país e à melhoria das condições de vida dos indianos".
"Desempenhou um papel central na adoção de importantes reformas económicas, bem como na aproximação da Índia aos seus parceiros internacionais, incluindo a União Europeia", diz a nota do Presidente.
Também hoje o primeiro-ministro, Luís Montenegro, lamentou a morte do antigo chefe do Governo da Índia e transmitiu, em nome do Governo de Portugal, condolências à família e ao povo indiano.
Manmohan Singh foi escolhido para ocupar o cargo em 2004 por Sonia Gandhi, a viúva do primeiro-ministro assassinado Rajiv Gandhi e somou 10 anos no poder.
Singh foi eleito para um segundo mandato como primeiro-ministro, de 2009 a 2014, que foi ensombrado por escândalos financeiros e acusações de corrupção na organização dos Jogos da Commonwealth de 2010.
Estas acusações culminaram na derrota esmagadora do Partido do Congresso nas eleições nacionais de 2014 pelo Partido Bharatiya Janata, nacionalista hindu, sob a liderança de Narendra Modi, que atualmente lidera o executivo.
O primeiro-ministro Modi recordou o seu antecessor como um dos "líderes mais ilustres" da Índia, que nasceu de origens humildes e deixou "uma forte marca na política económica ao longo dos anos".
"Como nosso primeiro-ministro, fez grandes esforços para melhorar a vida das pessoas", afirmou Modi numa publicação na rede social X (antigo Twitter), considerando ainda as intervenções de Singh no Parlamento "perspicazes", como "a sua sabedoria e humildade eram sempre visíveis".
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