"É com grande tristeza que tivemos conhecimento do acidente e dos vários feridos e uma tristeza ainda muito maior com o falecimento de um bombeiro, esperando que os restantes melhorem e que estejam brevemente em casa", afirmou.
Contactado pela agência Lusa, o representante daquela estrutura sindical deixou "uma palavra de solidariedade para todos os bombeiros de Odemira, comando [daquela corporação], população e bombeiros a nível nacional".
"Mais uma vez, fica provado que a profissão de bombeiro é de grande risco, porque estes acidentes, a qualquer momento, podem acontecer e [devemos] esperar que não voltem a acontecer com nenhum bombeiro, porque é muito triste", referiu.
À Lusa, Sérgio Carvalho defendeu que, perante esta fatalidade, "todas as entidades com responsabilidades no setor possam rapidamente dar todo o apoio à família, aos bombeiros [e] à corporação".
Para o responsável, este tipo de acidentes é "sempre de lamentar" e é "demonstrativo do risco contínuo a que os bombeiros são expostos diariamente e que, muitas vezes, não é valorizado".
"Espero que possa haver uma outra abordagem a tudo isto e que os responsáveis no setor possam, de uma vez por todas, reconhecer que esta atividade é de risco e que todos estes bombeiros têm ser apoiados e valorizados", considerou.
Questionado pela Lusa, o comandante da corporação de Odemira, Luís Oliveira, esclareceu hoje que os cinco operacionais feridos no acidente de quarta-feira à noite são bombeiros profissionais, fazendo parte de uma das duas equipas de intervenção permanente (EIP) daquele corpo de bombeiros.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, expressou hoje "profunda consternação" por esta morte, referindo que tem "acompanhado de perto" a situação dos bombeiros feridos naquele despiste.
"O Presidente Marcelo Rebelo de Sousa transmite a sua solidariedade e condolências à família enlutada, bem como ao Corpo de Bombeiros de Odemira e agradece a dedicação e espírito de missão demonstrada por todos os soldados da paz", lê-se numa nota publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet
Também o primeiro-ministro, Luís Montenegro, na rede social X, expressou "profunda consternação" pela morte do bombeiro que estava internado no Hospital de São José e enviou condolências à família e à sua corporação.
Residente na freguesia de São Luís, o bombeiro, de 38 anos, estava integrado numa das EIP de Odemira, composta por cinco elementos, que, na quarta-feira, foi chamada a intervir "numa queimada autorizada" em Saboia, no interior do concelho de Odemira, que "se descontrolou".
"Tinham feito [o trabalho] e regressavam a casa" quando o veículo de combate a incêndios se despistou provocando ferimentos aos cinco bombeiros, explicou à Lusa o presidente da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Odemira, António Camilo.
Dos cinco feridos, outros três também foram considerados graves, tendo um deles sido transportado para o Hospital de Santa Maria, em Lisboa, e os outros dois para o hospital de Portimão.
O quinto bombeiro, considerado ferido ligeiro, foi transportado para o hospital de Beja e, entretanto, já teve alta e regressou a casa.
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