A autópsia ao antigo ministro António Couto dos Santos, encontrado morto num campo de golfe em Matosinhos, na semana passada, excluiu a hipótese de afogamento ou ataque cardíaco como causa da morte, avança a CNN Portugal.
De acordo com a estação, os peritos do Instituto de Medicina Legal do Porto pediram exames complementares à autópsia, nomeadamente o de toxicologia forense. A conclusão destes exames pode demorar vários meses.
Recorde-se que o Ministério Público (MP) abriu um inquérito à morte do ex-ministro, de 75 anos.
De notar que a Polícia de Segurança Pública (PSP) esclareceu, na altura, que não havia sido acionada a Polícia Judiciária "por não terem sido identificados indícios da prática de crime".
Couto dos Santos nasceu em 18 de maio de 1949, em Forjães, no concelho de Esposende, fez o ensino secundário no liceu Passos Manuel, em Lisboa, licenciando-se depois em Engenharia Química pelo Instituto Superior Técnico da Universidade Técnica de Lisboa.
Nos governos chefiados por Cavaco Silva foi secretário de Estado da Juventude, ministro Adjunto e da Juventude, ministro dos Assuntos Parlamentares e ministro da Educação, entre 1985 e 1993.
Eleito deputado pelos distritos de Setúbal e de Aveiro, Couto dos Santos foi presidente do Conselho de Administração da Assembleia da República entre 2011 e 2015 e da Comissão Parlamentar de Saúde entre 2009 e 2011.
Teve também atividade empresarial, na Quimigal, foi presidente executivo da Associação Empresarial de Portugal, integrou o conselho de administração do Hospital da Amadora e presidiu à Casa da Música. Foi membro de órgãos sociais e consultor em diversos setores, incluindo a construção, energia e ambiente.
[Notícia atualizada às 22h58]
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