Adiada audição de Passos Coelho no caso BES: "Não me livro disto"

Pedro Passos Coelhos era chefe de Governo quando o BES colapsou, em 2014. A audição de Passos Coelho estava marcada para as 9h30 desta quarta-feira, mas a greve dos funcionários judiciais, marcada desde junho, adiou a sua audição.

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Notícias ao Minuto com Lusa
15/01/2025 09:29 ‧ há 3 horas por Notícias ao Minuto com Lusa

País

Caso BES

A audição do antigo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho no âmbito do caso BES foi adiada esta quarta-feira devido à greve dos funcionários judiciais.

 

"É caso para dizer 'não me livro disto'", reagiu o antigo chefe de Governo, à saída do Tribunal Criminal de Lisboa.

Também à chegada, que aconteceu cerca de vinte minutos antes, Pedro Passos Coelho tinha prestado declarações, considerando que em causa está uma matéria "mais do que requentada", acrescentando que toda a sua intervenção enquanto primeiro-ministro está "razoavelmente esclarecida".

"Não vou estar aqui a fazer comentários sobre o caso e a rever o que se passou com o BES", afirmou ainda antes do anúncio do adiamento.

Antes de entrar no tribunal, Passos Coelho foi questionado acerca da atualidade política, nomeadamente, sobre a possibilidade de ser candidato Belém. "Já o disse várias vezes: estou agora da política ativa e estou bem. Não tenciono rever essa minha decisão", reforçou.

"É caso para dizer 'não me livro disto'", reagiu, à saída do Tribunal Criminal de Lisboa, o chefe de Governo à data da resolução do BES, no verão de 2014.

Recorde-se que a audiência de Passos Coelho estava marcada para as 9h30, depois de ter chegado a ser agendada para 30 de outubro do ano passado, quando também foi adiada.

A greve que hoje ditou o adiamento do depoimento de Pedro Passos Coelho foi convocada em junho de 2024 pelo Sindicato dos Oficiais de Justiça por tempo indeterminado e decorre às quartas-feiras de manhã entre as 9h30 e 12h30.

O Ministério Público estima que os atos alegadamente praticados entre 2009 e 2014 pelos 18 arguidos, ex-quadros do BES e de outras entidades da esfera do GES, tenham causado prejuízos de 11,8 mil milhões de euros.

O processo conta atualmente com 18 arguidos, incluindo o ex-presidente do banco, Ricardo Salgado, de 80 anos e diagnosticado com a doença de Alzheimer.

Ricardo Salgado responde por cerca de 60 crimes, incluindo um de associação criminosa e vários de corrupção ativa no setor privado e de burla qualificada.

[Notícia atualizada às 10h12]

Leia Também: Pedro Passos Coelho ouvido hoje como testemunha no caso BES/GES

 

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