Na sua página oficial de Internet, a procuradoria explica que entre março e junho de 2020 os arguidos, com relações de amizade e familiares, mas cada um no desenvolvimento da sua atividade paralela, dedicaram-se à comercialização de grandes quantidades de haxixe e cocaína com origem em países terceiros e para distribuição nacional ou internacional.
Tal atividade, acrescentou, envolvia a negociação e transação diária de dezenas a centenas de quilos de haxixe e de cocaína e era encabeçada por dois dos arguidos, um da área do Porto e outro da área de Lisboa que, enquanto fornecedores, mas não exclusivos dos restantes, tinham mais dinheiro e conhecimentos junto dos fornecedores nos países de origem.
"Toda a negociação era feita através dos serviços telefónicos encriptados ENCROCHAT que lhes permitia comunicar sem risco de interceções, rede através da qual os arguidos discutiram quantidades, preços, valores, qualidade do produto, locais e formas de entrega, inclusive com partilha de inúmeras imagens da droga", sublinha.
No decorrer da investigação foram apreendidos 221 mil euros, carros, armas, munições e cerca de 745 quilos de haxixe na sequência de uma intervenção realizada a 11 de julho de 2020, especificou a procuradoria.
O MP requereu perdido a favor do Estado de todos os bens e valores apreendidos e, realizada a investigação patrimonial e financeira a cinco dos 12 arguidos, foi apurado um património incongruente no valor de 1,1 milhões de euros, tendo já sido pedido o arresto deste valor.
Os 12 arguidos estão acusados de tráfico de droga agravado e, alguns destes, respondem ainda por uso de veículos furtados, falsificação de passaportes e matrículas, detenção de armas de fogo e brancas proibidas, tentativa de abalroamento de inspetores da PJ e branqueamento.
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