O homem que é acusado de ter burlado vários idosos, no valor de mais de 90 mil euros, fingindo-se passar por funcionário de uma instituição bancárias já estava referenciado pelas autoridades pelo mesmo crime, cometido em 2022.
Nesse ano, o suspeito foi investigado pelo mesmo tipo de ilícito e modus operandi, sendo nessa altura suspeito da prática de 35 burlas qualificadas e 254 utilizações indevidas de cartão bancário - tendo com isso causado um prejuízo às vítimas no valor de 163.912,40 euros.
A informação é revelada pela PSP que explica, em comunicado, que o detido, foi condenado a pena única de prisão efetiva de 9 anos.
Após recurso até à última instância, em julho de 2024, por ter expirado o prazo máximo da prisão preventiva, medida de coação a que estava sujeito, foi posto em liberdade a aguardar a decisão do último recurso possível. "Em liberdade e apesar de sujeito à medida de coação de apresentações semanais, em outubro de 2024, regressou à sua atividade ilícita".
Recorde-se que o suspeito, astutamente, fazendo-se passar por funcionário bancário interpelava as vítimas de idade avançada dizendo-lhes que necessitava do cartão e respetivo PIN, por estar a acabar o prazo dos mesmos, para os substituir. Na posse dos cartões e dos códigos efetuava utilizações indevidas e não consentidas
O homem ficou em prisão preventiva depois de enganar pelo menos oito pessoas nesta segunda tentativa de burla.
Foi apanhado a 29 de janeiro, em Lisboa. Aquando da sua localização, este havia acabado de cometer mais um crime e encontrava-se a usar o cartão da vítima. Naquela manhã, havia interpelado uma idosa levando-a a acreditar que era funcionário do Banco onde tinha conta e a entregar-lhe o cartão e PIN.
Na posse do cartão efetuou de forma ilícita um levantamento de 200 euros e várias tentativas de movimentos no valor de 7.850 euros, que, por motivos alheios à sua vontade, não foram aceites.
Aquando da sua detenção, foram recuperados os 200 euros em numerário que tinha acabado de levantar, os quais foram restituídos à sua legítima proprietária.
Foram ainda apreendidos 1.350 euros em numerário, diversos documentos, vestuário e uma viatura de alta gama que o mesmo usava aquando dos ilícitos.
A PSP intitulou à operação de detenção do suspeito como a Operação 'A Reforma do Falso Bancário'.
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