Aga Khan IV, fundador e presidente da Rede Aga Khan para o Desenvolvimento (AKDN) e líder dos muçulmanos xiitas ismaelitas, morreu na terça-feira em Lisboa, aos 88 anos, sendo sucedido pelo seu filho mais velho, Rahim Aga Khan, na liderança mundial da comunidade ismaelita. O nome do sucessor ficou definido em testamento, que foi aberto 24 horas após a morte do príncipe.
Na nota de pesar, publicada na página oficial na internet da instituição, o conselho diretivo da FCT realça o "apoio prestado" pelo imã "a diversos projetos sociais, culturais e educativos em todo o mundo".
A FCT recorda que, ao abrigo de uma parceria estabelecida com a AKDN em 2016, foi possível apoiar 37 projetos "com impacto em 13 países africanos".
A parceria entre as duas entidades permite financiar "projetos de investigação, promovendo cooperações académicas, científicas e tecnológicas com países em desenvolvimento".
Citado em comunicado da UNL, o reitor, João Sàágua, salientou o "legado ímpar de compromisso com a educação, a cultura, o desenvolvimento social e pluralismo" de Aga Khan IV, distinguido pela universidade com o título de "Doutor Honoris Causa" em 2017.
"O seu exemplo de serviço à humanidade continuará a inspirar gerações", enaltece o reitor da UNL, universidade que assinou em 2019 um memorando de entendimento com a Universidade Aga Khan, que "estabeleceu bases para a colaboração em diversas áreas, incluindo ciências da saúde, humanidades, ciências sociais, comunicação e media".
Ao suceder ao pai, príncipe Karim Aga Khan IV, Rahim torna-se o 50.º imã hereditário dos muçulmanos ismaelitas e adota a designação de príncipe Rahim Aga Khan V.
Os ismaelitas vivem em mais de 35 países e totalizam 12 a 15 milhões de pessoas.
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