A embaixada portuguesa em Melbourne, na Austrália, está "a fazer contactos" com as autoridades australianas para se inteirar da situação da portuguesa, de 20 anos, detida em janeiro, ao tentar entrar no país com 16 kg de droga escondidos na bagagem, revelou o Secretário de Estado para as Comunidades Portuguesas, José Cesário, ao Notícias ao Minuto.
De acordo com o governante, o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) português desconhece "oficialmente" a situação, uma vez que a jovem não terá pedido para informar as autoridades portuguesas da sua detenção.
No entanto, a embaixada apercebeu-se do caso, através da comunicação social australiana, e decidiu contactar as autoridades de Melbourne para acompanhar a situação.
Ao Notícias ao Minuto, José Cesário adiantou que não é a primeira vez que isto acontece. Em pouco tempo, em Melbourne e Sidney, na Austrália, assim como na Papua Nova Guiné, houve quatro casos semelhantes, de detenções de portugueses que não foram transmitidas às embaixadas portuguesas.
"São situações complicadas", concluiu.
De acordo com a imprensa australiana, tal como noticiou o Notícias ao Minuto, na semana passada, a portuguesa, que viajou a partir dos EUA, foi detida a meio de janeiro, no aeroporto de Melbourne, na Austrália.
Ao fazerem uma revista às malas da passageira, as autoridades australianas encontraram, segundo a 9 News, sacos selados a vácuo, com "roupas impregnadas de metanfetaminas".
No dia 20 de janeiro, a jovem terá sido apresentada a juiz, acabando por ficar em prisão preventiva.
O julgamento está agora marcado, segundo a mesma publicação, para dia 5 de maio.
Já o The Australia Today lembra que a quantidade de droga que a portuguesa transportava pode levar a que seja condenada, na Austrália, a uma pena de 25 anos de prisão.
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