No dia 28 de janeiro, o gabinete do primeiro-ministro, Luís Montenegro, informava ter aceitado a demissão do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, depois de ter sido noticiado pela RTP que criou duas empresas imobiliárias já enquanto governante, responsável pelo recém-publicado decreto que altera o Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial, a polémica lei dos solos.
Hoje, cerca de duas semanas após esse anúncio de demissão, foi conhecida a primeiras alteração ao elenco do XXIV Governo Constitucional, que tomou posse a 02 de abril do ano passado.
Luís Montenegro aproveitou para substituir, além de Hernâni Dias, outros cinco secretários de Estado, mexendo em seis Ministérios: Coesão Territorial, Educação, Trabalho, Ambiente, Juventude e Cultura.
Assim, para o lugar de secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, sob tutela do Ministério da Coesão Territorial, entrou o até agora deputado Silvério Regalado.
Da secretaria de Estado da Administração e Inovação Educativa, do Ministério da Educação, foi exonerado Pedro Cunha e nomeada Maria Luísa Oliveira.
Já da secretaria de Estado da Segurança Social, no Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, foi exonerado Jorge Campino e nomeada Filipa Lima.
Como secretária de Estado da Energia, do Ministério do Ambiente e Energia, foi exonerada Maria João Pereira e nomeado Jean Barroca.
No Ministério da Juventude e Modernização, foi exonerada como secretária de Estado Adjunta e da Igualdade Carla Mouro e nomeada para o mesmo cargo Carla Rodrigues.
Finalmente, no Ministério da Cultura, sai da secretaria de Estado Maria de Lurdes Craveiro e é nomeado Alberto Santos.
No total, o Governo liderado por Luís Montenegro mantém-se com 59 membros (17 ministros e 41 secretários de Estado).
Com esta remodelação, que ficará concretizada com a tomada de posse na quinta-feira, mantém-se igualmente o mesmo número de mulheres e homens nas secretarias de Estado - 17 e 24, respetivamente.
No XXIII Governo Constitucional, um executivo de maioria absoluta do PS liderado por António Costa, ao fim de dez meses em funções tinham-se registado quatro remodelações, com 12 exonerações e a entrada de 14 novos governantes.
Nestas saídas nos primeiros dez meses, incluíram-se dois ministros - a da Saúde, Marta Temido, e o das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, atual secretário-geral do PS - que já tinham transitado de anteriores executivos de Costa.
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