Em comunicado, a Câmara Municipal de Cascais, no distrito de Lisboa, explica que reutilização de águas residuais tem como principais objetivos " reduzir o uso de água potável em atividades não essenciais, sem comprometer a qualidade dos serviços".
A água que agora está a ser utilizada na lavagem das ruas do concelho é tratada na Fábrica da Água da Guia (ETAR da Guia), gerida pela Águas do Tejo Atlântico.
"Rigorosas análises e verificações laboratoriais, realizadas ao longo do processo e à saída da Fábrica, garantem a qualidade da água para reutilização, assegurando que cumpre os requisitos legais de segurança e inocuidade", indica a Câmara de Cascais.
A autarquia, presidida pelo social-democrata Carlos Carreiras, explica que a distribuição está a ser feita por camiões-cisternas, que recolhem a água tratada na Guia e a transportam até aos locais onde é utilizada para a lavagem de ruas e passeios.
"No presente, os 54 metros cúbicos diários de água residual tratada, destinados a esta função, representam cerca de metade das necessidades de limpeza do concelho", é referido ainda.
A Câmara de Cascais estima que durante este ano o volume de água reutilizada para a limpeza urbana varie entre os 54 e os 100 metros cúbicos por dia, prevendo que num futuro haja um "aumento progressivo" desse valor, com a expansão do seu uso para a lavagem de contentores e a rega de espaços verdes.
"A construção de uma rede separativa para o transporte de água reutilizada surge no horizonte como uma solução para aumentar a eficiência e expandir o uso da água residual tratada, tanto no setor público quanto no privado. Esta infraestrutura permitirá aplicações como o combate a incêndios, a lavagem de viaturas e outros usos paisagísticos, contribuindo para uma gestão mais sustentável dos recursos hídricos", indica ainda o município.
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