PS questiona Governo sobre despejo da Santa Casa da Misericórdia de Paris

O PS questionou hoje o Governo sobre o que vai fazer para evitar o despejo da Santa Casa da Misericórdia de Paris (SCMP) e a eventual suspensão do apoio que esta presta à comunidade portuguesa na região da capital francesa.

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© PATRICIA DE MELO MOREIRA/AFP via Getty Images)

Lusa
26/02/2025 20:51 ‧ há 3 horas por Lusa

Política

França

No requerimento, dirigido ao secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário, o deputado socialista eleito pelo círculo eleitoral da Europa, Paulo Pisco, pergunta se o executivo "está consciente que a SCMP está em risco de ser despejada das instalações onde atualmente se encontra e, eventualmente, ter de suspender as suas atividades solidárias ao serviço da comunidade portuguesa".

 

Paulo Pisco questiona ainda se o Governo tenciona dar seguimento ao protocolo que estava previsto através da União das Misericórdias Portuguesas e a Santa Casa da Misericórdia de Paris e, nesse caso, em que termos.

Finalmente, Paulo Pisco questiona se o Governo PSD/CDS-PP está a avaliar "a possibilidade de dar algum tipo de apoio" à SCMP de outra forma que não seja através da União das Misericórdias Portuguesas e, no caso de a instituição ameaçada de despejo "ficar impossibilitada de dar continuidade às suas atividades", o que pensa o Governo fazer para "compensar esta perda".

"A Santa Casa da Misericórdia de Paris nasceu há 30 anos e tem uma sede física desde 2010, num espaço subalugado à Confederação do Comércio e Indústria Franco-Portuguesa (CCIFP)" e está na iminência de ser despejada por "impossibilidade de pagar à CCIFP os 3.500 euros mensais de renda exigidos para a renovação do contrato de subarrendamento", salienta Paulo Pisco.

No passado dia 12, em declarações à Lusa em Paris, a provedora da SCMP, Ilda Nunes, lamentou que a instituição esteja a "enfrentar dificuldades" devido à anulação do subarrendamento que a CCIFP tinha com a Santa Casa e com outras estruturas junto da Câmara de Paris.

A SCMP ajuda a comunidade portuguesa e lusófona "em vários ramos", prestando apoio a nível alimentar, psicológico, de isolamento, de ajuda com documentação relativa a reforma e segurança social, entre outros.

A SCMP foi fundada em 1994 por um grupo de portugueses preocupados com as dificuldades de alguns compatriotas e o agravamento da precariedade e, atualmente, presta "ajuda permanente", com "permanência telefónica 24 horas por dia, sete dias por semana", segundo a provedora.

Leia Também: Santa Casa de Lisboa lança hasta pública de imóveis (de 18,5 milhões)

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