"O programa vai desenvolver-se ao longo dos próximos dois anos em toda a Europa, foi batizado como Journalism and Science Alliance (Aliança Jornalismo-Ciência) e tem como principal característica o facto de as equipas concorrentes terem de ser constituídas por, pelo menos, um jornalista e um cientista", lê-se no comunicado.
"O objetivo é que os cientistas contribuam com o trabalho científico necessário para fundamentar as investigações jornalísticas", explica António Granado, professor da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (NOVA FCSH) e líder do projeto, citado no documento.
"Este facto possibilitará a exploração de temas mais complexos, garantindo a fiabilidade da informação reportada", adianta.
Já para Ana Sanchez, professora do Instituto de Tecnologia Química e Biológica da Nova e também membro do projeto, o programa traz uma "oportunidade extraordinária" de colaboração entre cientistas e jornalistas.
Ou seja, "um jornalismo de investigação enriquecido pela investigação científica reforça também o papel da ciência na sociedade, realçando a importância dos factos e das explicações baseadas em evidências", diz.
Paulo Nuno Vicente e Pedro Coelho, ambos professores da Nova FCSH, são os outros elementos da equipa responsável por este programa, que espera apoiar, "nos próximos dois anos, à volta de 75 projetos de jornalismo de investigação".
A equipa da Nova e o European Journalism Centre vão preparar o regulamento do programa e lançar a primeira chamada para projetos ainda antes do início do verão de 2025.
"A atribuição desta bolsa reforça o papel que a Nova tem tido na promoção do jornalismo de qualidade em Portugal e, a partir de agora, também noutros países europeus", salienta João Sàágua, reitor da Universidade Nova de Lisboa, citado no comunicado.
"É também o reconhecimento da importância que as instituições de ensino superior podem ter no combate à desinformação", remata.
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