A Polícia de Segurança Pública (PSP) vai assinalar o Dia Internacional da Mulher com o lançamento de uma campanha denominada "Sem Consentimento", com o objetivo de chamar a atenção da sociedade para as consequências de comportamentos de risco como o assédio, adulteração de bebidas e a partilha não consentida de conteúdos íntimos na internet.
"Qualquer um destes atos, que ocorre sem o consentimento das vítimas, causa grande sofrimento, desespero e sentimento de culpa, além de produzir efeitos que se prolongam no tempo e que se tornam praticamente impossíveis de 'apagar'. É tempo de quebrar o preconceito e de desresponsabilizar as vítimas, que são livres de fazerem o que bem entenderem na sua vida privada, responsabilizando os autores destes tipo de atos", lê-se no comunicado da PSP.
A força de segurança assinala, na mesma nota, o "desenvolvimento significativo" do papel da mulher na sociedade, referindo que a polícia também tem acompanhado esta "tendência crescente", com 20.900 dos agentes da PSP a corresponderem a mulheres, cerca de 9% do efetivo policial.
Entre o efetivo feminino da polícia, 137 pertencem à carreira de oficial de polícia, 159 são chefes e 1.573, a maioria, ocupam a carreira e agente de polícia.
"Presentemente, existem mulheres em todas as categorias da PSP, à exceção da categoria de superintendente-chefe", acrescenta a mesma nota.
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