Detida por suspeita de traficar menores angolanos. Recebia 4 mil dólares

Luso-angolana ficou em prisão preventiva. Dedicava-se "há vários anos, ao transporte e colocação no espaço europeu de dezenas de menores angolanos, usando, para isso, diversos tipos de documentação falsa".

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© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Notícias ao Minuto
13/03/2025 16:25 ‧ há 3 horas por Notícias ao Minuto

País

Polícia Judiciária

A Unidade Nacional Contra Terrorismo (UNCT) da Polícia Judiciária (PJ) deteve, em flagrante delito, "uma cidadã luso-angolana que se dedicará, há vários anos, ao transporte e colocação no espaço europeu de dezenas de menores angolanos, usando, para isso, diversos tipos de documentação falsa".

 

Em comunicado enviado às redações, a PJ explica que "a investigação foi iniciada no passado dia 11 de março, através da comunicação ao serviço de prevenção da UNCT que, de imediato, se deslocou ao Aeroporto de Lisboa".

A suspeita, de 40 anos, "viajou para Portugal num voo proveniente de Angola e pretendia fazer entrar no Espaço Schengen um menor angolano de 15 anos", acrescenta-se.

O menor vinha identificado "com um título único de viagem português, o qual, após a sua entrada no país, lhe possibilitaria a obtenção de documentos portugueses e, assim, circular livremente no Espaço Schengen".

Na mesma nota, a Polícia Judiciária destacou ainda que se desconhece, "para já, qual o destino e objetivo final da sua entrada na Europa".

Após apuramento da verdadeira identidade da criança, esta foi encaminhada para uma instituição de apoio a menores vítimas de tráfico de pessoas.

"A suspeita terá recebido, por cada menor transportado, cerca de quatro mil dólares, suspeitando-se que tenha realizado dezenas de viagens nos últimos anos", sendo que "fazia desta atividade o seu modo de vida, com a obtenção de elevados lucros financeiros."

Presente às autoridades judiciárias competentes, ficou em prisão preventiva.

A investigação prosseguirá no "sentido de determinar que outros menores foram traficados por esta mulher, localização do seu paradeiro e eventual detenção de outras pessoas que terão colaborado", termina a Polícia Judiciária.

Leia Também: Homem exercia violência contra ex-namorada. Está com pulseira eletrónica

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