"Portugal congratula-se com a conclusão das negociações entre o Azerbaijão e a Arménia sobre o texto do tratado de paz", lê-se na mensagem, na qual a diplomacia portuguesa acrescentou tratar-se de "um passo importante para a paz e a estabilidade no Cáucaso do Sul".
Azerbaijão e Arménia definiram hoje um acordo de paz na sequência de negociações destinadas a resolver o conflito de décadas entre os dois países do Cáucaso, que travaram duas guerras entre si por causa do enclave de Nagorno-Karabakh.
"O processo de negociações sobre o texto do acordo de paz com a Arménia foi concluído", declarou à imprensa o ministro dos Negócios Estrangeiros do Azerbaijão, Jeïhoun Baïramov.
Pouco tempo depois, a diplomacia arménia anunciou, num comunicado de imprensa, que "o acordo de paz está pronto para ser assinado" e que pretendia iniciar consultas "sobre a data e o local da assinatura".
Portugal commends Azerbaijan and Armenia for the conclusion of the negotiations on the text of the peace treaty. An important step towards peace and stability in the South Caucasus.
— Negócios Estrangeiros PT (@nestrangeiro_pt) March 14, 2025
No entanto, num sinal de tensão, a Arménia criticou o Azerbaijão por ter feito um anúncio "unilateral", quando Erevan pretendia que fosse um anúncio "conjunto".
Os dois países travaram duas guerras, uma vencida pela Arménia após a queda da URSS, no início da década de 1990, e a outra vencida pelo Azerbaijão, em 2020.
Ambos os conflitos foram travados pelo controlo da região de Nagorno-Karabakh, no Azerbaijão.
As forças do Azerbaijão reconquistaram finalmente toda a região aos separatistas arménios em setembro de 2023, após uma ofensiva militar relâmpago.
Arménios e azeris têm estado envolvidos numa série de confrontos transfronteiriços desde a sua independência da URSS, em 1991.
A Rússia, a União Europeia (UE) e os Estados Unidos têm estado envolvidos em esforços de mediação em várias ocasiões.
As negociações bilaterais decorrem há vários anos e têm sido marcadas por períodos de progresso e de tensão.
A Arménia já reconheceu a soberania do Azerbaijão sobre esta região montanhosa, que os dois países consideram central para a sua história e da qual a população de etnia azeri fugiu nos anos 1990, após a vitória militar arménia.
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