Bombeiros de Lisboa convocam novo protesto para sexta-feira
Chefes e outros elementos do Regime de Sapadores Bombeiros (RSB) de Lisboa vão voltar a estar em protesto por melhores condições laborais na sexta-feira, às 11:00, em frente à câmara, disse hoje à Lusa o dirigente sindical Fernando Curto.
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País RSB
Segundo o presidente da Associação e do Sindicato Nacional de Bombeiros Profissionais (ANBP/SNBP), foi entregue um novo pedido de reunião para sexta-feira com o presidente da câmara, António Costa, ou com o vice-presidente, Fernando Medina.
A iniciativa visa reivindicar melhores condições laborais, uma hierarquização do dispositivo e mais informação sobre a reorganização dos quartéis.
"A ideia é que os bombeiros se associem, como fizeram na segunda-feira, a uma luta conjunta, que não é só da chefia, mas de toda a estrutura do Regimento", reforçou.
Na segunda-feira, chefes e elementos do RSB estiveram em protesto em frente à câmara, onde pretendiam reunir-se com António Costa ou Fernando Medina para solicitar uma reorganização do socorro na cidade de Lisboa, mas o encontro não se realizou.
Após o protesto, os chefes do RSB decidiram que "não atendem os telemóveis, nem utilizam as viaturas até sexta-feira, exceto as chefias que se encontrem em serviço", disse o sindicalista.
"Se o senhor presidente não nos receber [na sexta-feira], iniciaremos nesse mesmo dia e a essa hora uma vigília de protesto até às 20:00, assim como iniciaremos também uma vigília semanal frente à Câmara Municipal de Lisboa".
A acontecer a vigília semanal, está previsto que seja de 24 a 28 de novembro, das 09:00 às 12:00.
"Além de estar em causa o serviço que podemos prestar à cidade, da falta de efetivos que neste momento existe, é toda uma insegurança que existe na cidade de Lisboa, é inquestionável", afirmou Fernando Curto.
O RSB pretende que "haja uma calendarização do que a Câmara de Lisboa está a fazer em relação às instalações físicas, aos recursos humanos e às viaturas, e saber se tem intervindo junto do Governo para que desbloqueie a situação não só da recruta, como também da entrada de novos bombeiros", esclareceu Fernando Curto, referindo-se ao financiamento dos municípios, porque "neste momento as câmaras que têm bombeiros profissionais não têm apoios, não tem verbas, não têm orçamento".
Os bombeiros também reivindicaram estar presentes no Aeroporto de Lisboa. O seu contrato de prestação de serviço termina no final do ano e a autarquia decidiu não concorrer a um concurso público aberto pela ANA -- Aeroportos de Portugal: "Ao fim de 50 anos que estamos no Aeroporto de Lisboa, estamos a sair sem uma justificação", assinalou o responsável.
O sindicalista afirmou que as recentes medidas tomadas pelo município, como a aquisição de equipamentos de proteção individual e de viaturas, assim como a recruta de 50 bombeiros, ainda sem prazo, são "pequenas coisas que não resolvem a situação".
Relativamente à reorganização do RSB, o vereador da Segurança da Câmara de Lisboa (de maioria socialista), Carlos Castro, assegurou na segunda-feira que "não há qualquer encerramento de quartéis", mas "uma readaptação do dispositivo [...] com melhores condições para os bombeiros".
Em causa estão os quartéis de Carnide, sem alternativa prevista, da Avenida Defensores de Chaves, que deverá transitar para um espaço no Arco do Cego, assim como o do Rossio, que deverá passar para o Martim Moniz.
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