"Foi uma decisão brutal, injusta e não corresponde aos factos"
À saída do Campus de Justiça, em Lisboa, o ex-deputado do PSD, Duarte Lima, falou com os jornalistas e afirmou que a sua condenação trata-se de uma decisão "brutal, injusta e que não corresponde aos factos".
© Global Imagens
País Duarte Lima
"É uma decisão brutal, injusta e que não corresponde aos factos", reagiu o ex-deputado do PSD, Duarte Lima, após ter sido conhecida a sua condenação de dez anos de prisão efetiva esta sexta-feira.
"Quando aqui entrei antes do início do julgamento perguntaram-me o que esperava e afirmei que se a decisão espelhasse a verdade do que aconteceu ou do julgamento que durou ano e meio com a prova testemunhal seria absolvido", no entanto após quatro horas e meia de julgamento soube-se da condenação de Duarte Lima. "É uma decisão com profundos e glamorosos erros de facto e jurídicos que os meus advogados irão contestar".
Para provar a sua inocência, Duarte Lima explica que não existem provas suficientes, pois "o ponto nuclear neste julgamento é um alegado engano ao BPN, um negocio imobiliário e foi exaustivamente dito que nenhum o banco não se considerou enganado. Não houve burla e se este negócio correu mal deveu-se à crise mobiliária".
Quando questionado pelos jornalistas, Duarte Lima garante que não se estava a vitimizar e que o importante era "analisar os fundamentos da sentença para recorrer".
Sobre a absolvição do seu filho, Pedro Lima, o ex-deputado disse que o filho "foi claramente utilizado como instrumento contra mim para fazer disto um caso político" e acrescenta que "nunca houve nenhum processo pela prática de nenhum acto praticado no exercício da minha função. Não há nenhuma prova ou documento em que tenha exercido a minha influência política".
"Tenho muito orgulho no meu filho e muito amor por ele", termina.
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