É no espaço "Douro Vivo" que vai ser colocada esta figura masculina que é exemplo do trabalho das vinhas durienses. Ao seu lado vai ter os utensílios usados na lavoura como o tradicional cesto das vindimas, as tesouras da poda e a trouxa.

Francisco Guedes, da empresa organizadora Douro Wonderful Events, afirmou hoje à agência Lusa que estas figuras "são todas feitas em chocolate e em tamanho real" e que este espaço vai ser a "principal atração" do Festival do Chocolate e Vinho do Porto.

Esta terceira edição começa quinta-feira e prolonga-se até domingo, na cidade de Peso da Régua, distrito de Vila Real.

O objetivo é homenagear os homens que ao longo dos séculos construíram os socalcos durienses e produziram o seu produto mais genuíno: o vinho do Porto.

Na sua chocolataria, instalada em Lamego, Pedro Sigorelho está a ultimar a preparação do lavrador. "Está quase da minha altura. Vai ter entre 1,70 a 1,80 metros de altura e o peso de mais ou menos 100 quilos de chocolate", afirmou à Lusa.

Pedro Sigorelho está a fazer os acabamentos do corpo do "Homem do Douro". Depois falta "vesti-lo" com as tradicionais roupas de lavrador, a camisa e as calças. A cabeça com o chapéu será colocada em cima do corpo já no espaço da exposição.

O espaço vai ser criado ainda com a ajuda dos alunos e professores das escolas de Hotelaria de Lamego e Profissional do Rodo (Régua).

No "Douro Vivo" vão conjugar-se estas "doces figuras" com elementos naturais do território, como as pedras de xisto e a terra.

Ao mesmo tempo que prepara a personagem principal do festival, Pedro Sigorelho está também a fazer bombons, trufas, brigadeiros e bombocas que vai ter à venda durante o evento.

O chocolateiro abriu a sua loja, a Douro Bombons, há cerca de seis anos e desde então tem encontrado no território que o rodeia muitos dos produtos que o inspiram a criar e com que recheia o chocolate.

Uma das suas principais atrações é o bombom com vinho do Porto, mas usa ainda o azeite e as amêndoas durienses.

Francisco Guedes referiu que marcam presença no festival cerca de 30 expositores, entre chocolatarias, revendedores, pastelarias e empresas produtoras de vinho do Porto.

No total estarão à venda "1.600 quilos de chocolate para todos os gostos e até para quem não pode comer açúcar".

O responsável sublinhou que o festival quer criar oportunidades de negócios e "dinamizar a economia regional nesta altura que é época baixa para o turismo no Douro".

A organização prevê que a edição deste ano atraia à Régua cerca de oito mil pessoas.

As unidades hoteleiras e de restauração aliam-se ao projeto com a criação de programas e ementas centradas na temática do festival.

O festival incluiu ainda a realização da feira de artesanato Dour'Arte, onde estarão à venda diversos produtos, como sabonetes de chocolate artesanais mas onde também pode ser vista uma árvore de Natal feita de vides e cuja iluminação deriva da energia produzida a partir dos resíduos de videira.

Esta árvore de Natal ecológica vai ser apresentada pelo projeto Da_Vide.

Os dois primeiros dias de festival vão estar de portas abertas para as escolas, estendendo-se depois ao resto da comunidade, que poderá participar em 'workshops', 'showcooking', harmonizações de chocolate com vinho do Porto e aprender a cozinhar com chocolate.