'Carrasco' português na lista dos mais procurados
Uma publicação no Twitter coloca o jihadista português, Patrício, na lista negra da Scotland Yard. As autoridades inglesas já interrogaram familiares do português via telefone, conta o Expresso.
© Reuters
País Scotland Yard
A família do português jihadista, Patrício, de 28 anos, que combate na Síria desde 2012, foi contactada pelos investigadores ingleses da Scotland Yard por causa de uma publicação no Twitter onde revelava “mensagem para a América. O Estado Islâmico está a fazer um novo filme. Obrigado pelos atores”. Patrício é agora considerado um dos jihadistas mais procurados.
Foi a 10 de julho que publicou esta mensagem e 39 dias depois o filme foi publicado no YouTube com a mesma mensagem deixada por Patrício.
As autoridades acreditam que o português, de ascendência angolana, soube da decapitação muito tempo antes de acontecer e que, por isso, tem ligações ao 'carrasco' britânico, identificado como aquele que decapitou o jornalista James Foley.
“Esta mensagem revela muita coisa. O português teria já conhecimento de que os reféns norte-americanos iriam ser executados, bem como o género de vídeos que seriam realizados em breve”, revela uma fonte dos serviços secretos britânicos ao Expresso.
Dos atos terroristas já se teve conhecimento das decapitações do jornalista norte-americano Steven Sotloff, os voluntários britânicos David Haines e Alan Henning e mais recentemente Peter Kassig.
O engenheiro já era monitorizado há meses pelas secretas europeias pela sua influência no Estado Islâmico e agora, está colocado no grupo restrito de Jihadi John, o decapitador.
“Há poucos dias fui contacto por um inglês. Disse-me que era da Scotland Yard e fez-me perguntas sobre o Patrício”, contou fonte familiar ao Expresso. “Queria informações sobre Jihadi John”, indica e acrescenta que não conseguiu dar mais informações por ter perdido o contacto com Patrício há algum tempo.
Recorde-se que o português era dos que mais publicava fotografias nas redes sociais, na frente de combate pelo Estado Islâmico.
Também há poucos meses as autoridades portuguesas questionaram os familiares sobre as conversas que mantinham com o português.
As fontes das secretas europeias acreditam que Patrício e outros jihadistas portugueses tiveram “um papel muito importante” não só na realização como na promoção dos cinco vídeos das decapitações. “Não foram eles que mataram os reféns nem as filmaram, mas estão por trás de muito do que se passa ali”, revela fonte.
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