Propostas do FMI são "uma subversão do regime democrático e constitucional"
O socialista e fundador do Serviço Nacional de Saúde (SNS), António Arnaut, classifica as propostas do Fundo Monetário Internacional (FMI) para a área da saúde como “uma subversão do regime democrático e constitucional”.
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País António Arnaut
Em declarações à agência Lusa, o fundador do SNS, António Arnaut, lembrou que “tal como disse o Presidente da República, a Constituição não está suspensa e qualquer organização internacional, mesmo os nossos credores, têm de ter respeito pelas instituições democráticas de qualquer Estado soberano”.
Neste sentido, considera que a proposta do FMI, hoje conhecida, de aumentar as taxas moderadoras e de reduzir o leque de cuidados prestados pelo SNS, “não passa de uma tentativa de subversão do regime, através da revogação da Constituição por via indirecta”.
“O Governo não pode fazer a revisão constitucional, se esta proposta fosse concretizada, isso implicava uma subversão do regime e uma revisão da própria Constituição”, lembrou.
“Por trás destas medidas, e a pretexto da crise, está uma tentativa de revisão constitucional e de destruição do Estado Social, designadamente do SNS, porque este movimenta em todo o mundo uma quantia semelhante ao do tráfico de armas”, considerou.
Do ministro da Saúde, Paulo Macedo, o fundador do SNS disse esperar que “enfrente o ministro das Finanças, como tem feito outras vezes, e defenda, como tem prometido, a continuação e o aperfeiçoamento do SNS”.
Paulo Macedo “tem enfrentado o ministro das Finanças, que é um sujeito com uma frieza que chega a roçar a desumanidade. Espero que estas medidas não vão avante”, conclui António Arnaut.
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