A confirmação foi feita, esta quinta-feira, à agência Lusa pelo vice-presidente da Câmara de Ponte de Lima, dando conta que a ponte, secular e classificada, reabriu à circulação ao final do dia de quarta-feira, quase um mês depois de encerrada.
"Foram colocadas umas estruturas físicas a impedir a passagem de pesados. Nesta altura, é possível apenas a utilização por ligeiros e até à dimensão de uma viatura do INEM, com 2,20 metros, porque esta intervenção ainda não é a definitiva", acrescentou Gaspar Martins.
Desde 14 de Dezembro, devido à derrocada de uma parte da estrutura, que o trânsito era apenas pedonal, obrigando a um desvio superior a cinco quilómetros, nomeadamente no acesso da população de Estorãos ao centro escolar.
Depois de uma primeira intervenção de consolidação do pilar central da ponte, com a colocação de uma estrutura metálica de suporte com vários metros de comprimento, pouco depois das cheias, a autarquia de Ponte de Lima avançou, na quarta-feira, com a última fase dos trabalhos.
"O pilar que ruiu parcialmente foi consolidado, enchido com pedra, processo que vamos manter no decurso da monitorização que está a ser feita à estrutura. Mas, com esta intervenção, a segurança da ponte não está em causa e por isso foi reaberta apenas a ligeiros", sublinhou ainda o vice-presidente da Câmara.
Os trabalhos foram acompanhados por técnicos do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR) e a intervenção definitiva deverá acontecer no verão.
"Nesta altura, dado o caudal do rio, não temos condições para a realizar. Vamos preparar tudo para lançar a obra talvez em Julho ou agosto", admitiu Gaspar Martins.
Durante as cheias de Dezembro, que afectaram todo o distrito de Viana do Castelo, o rio Lima chegou a registar uma subida de mais de dois metros, galgando as margens do centro da vila de Ponte de Lima.
Devido à forte precipitação que se fez sentir na altura, também os afluentes do rio Lima viram os seus caudais aumentar, como aconteceu em Estorãos. O rio com o mesmo nome acabou por galgar a ponte românica, abrindo um buraco na travessia e no pilar central.