Em declarações à Lusa, Ricardo Santos esclareceu que a fábrica lida com "materiais altamente inflamáveis" e que os trabalhos se concentram, neste momento, no "arrefecimento das tubagens" de um contentor "com carvão ativado que faz a filtragem dos solventes para a produção de plásticos", pois o mesmo ficou "com uma carga térmica bastante elevada".
"Neste momento, não há perigo de explosão porque a temperatura tem vindo a decrescer", assegurou o comandante dos Bombeiros Voluntários dos Carvalhos, esclarecendo que o fogo não provocou feridos e deflagrou pelas 07:50 numa zona isolada do edifício principal da fábrica, que "já está a laborar".
"Os danos [provocados pelo fogo] são na parte externa e na parte mecânica", acrescentou o responsável, que pelas 11:00 se encontrava no local, situado na Alameda da Bela Vista, em Seixezelo, concelho de Gaia, distrito do Porto.
Ricardo Santos acrescentou que as operações estão centradas num dos quatro contentores "situados numa parte da fábrica externa ao edifício" principal, porque as "válvulas não estão a funcionar" e o mesmo "não faz o arrefecimento".
"A fábrica produz plásticos para rótulos de garrafas. São materiais altamente inflamáveis, de tal forma que fazemos regularmente formações e visitas ao local", acrescentou o comandante.
Fonte dos Bombeiros Sapadores de Gaia disse à Lusa que o "foco de incêndio" se situou "junto dos tubos e reservatórios de solventes" da empresa "Amcor".
No local estiveram seis viaturas e 18 homens dos Sapadores de Gaia e cinco viaturas e 11 homens dos Voluntários dos Carvalhos.