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Lesados ficam no Novo Banco em Braga até serem recebidos

O grupo de manifestantes que invadiu esta manhã as instalações do Novo Banco em Braga continua dentro do edifício e promete "não desarmar" até ser recebido por um responsável da instituição financeira.

Lesados ficam no Novo Banco em Braga até serem recebidos
Notícias ao Minuto

13:35 - 26/02/15 por Lusa

País Invasão

Dentro das instalações permanecem cerca de 20 manifestantes com cartazes de protesto contra o Banco de Portugal e Ricardo Salgado, ex-presidente do Banco Espírito Santo (BES), apoiados por mais cerca de 30 manifestantes que continuam à porta do edifício e mantêm montadas várias tendas de campismo.

Os manifestantes reclamam que lhes seja devolvido o dinheiro que tinham investido em papel comercial do Grupo Espírito Santo (GES), comprado aos balcões do BES.

Na semana passada, em Coimbra, mais de 50 pessoas invadiram também as instalações do Novo Banco na baixa da cidade para exigirem o dinheiro investido em papel comercial.

A 23 de fevereiro, o presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), Carlos Tavares, defendeu que a compensação dos investidores que compraram papel comercial GES é "uma questão de respeito", considerando que tem de ser encontrada "uma solução rapidamente".

Na semana anterior, o governador do Banco de Portugal (BdP), Carlos Costa, tinha remetido para a CMVM as queixas que tem recebido de clientes do GES lesados no papel comercial que foi vendido nas agências do BES a investidores de retalho.

A 03 de agosto de 2014, o Banco de Portugal tomou o controlo do BES, após a apresentação de prejuízos semestrais de 3,6 mil milhões de euros, e anunciou a separação da instituição em duas entidades: o chamado 'banco mau' (um veículo que mantém o nome BES e que concentra os ativos e passivos tóxicos do BES, assim como os acionistas) e o banco de transição que foi designado Novo Banco.

Em meados de novembro foi criada uma comissão parlamentar de inquérito para "apurar as práticas da anterior gestão do BES, o papel dos auditores externos, e as relações entre o BES e o conjunto de entidades integrantes do universo do GES [Grupo Espírito Santo], designadamente os métodos e veículos utilizados pelo BES para financiar essas entidades".

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