PJ na tutela do Ministério Público é modelo "a ter em consideração"
A procuradora-geral da República (PGR), Joana Marques Vidal, defendeu hoje que é de "ter em consideração" a proposta de colocar a Polícia Judiciária dependente funcional e organicamente do Ministério Público (MP).
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País Marques Vidal
Joana Marques Vidal, que falava no final da sessão de abertura do X Congresso do Ministério Público, em Vilamoura, referiu que o modelo proposto pelo Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP) e pela PJ "possa ser o modelo mais adequado, depois de um debate sério".
Porém, a mais alta figura do MP disse que uma concretização do modelo ou de outros modelos depende da "vontade política" do Ministério da Justiça.
"Mesmo no modelo atual, há que reforçar a capacidade de articulação entre o MP e a PJ, designadamente reforçando a capacidade de direção do inquérito por parte do MP. Pode-se encontrar isso neste modelo proposto pelo SMMP", disse.
Joana Marques Vidal, que falou aos jornalistas depois de a ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, ter dito que a proposta era de aplicação "muito difícil, para não dizer impossível", defendeu que "a questão terá de ser estudada e coerentemente desenvolvida".
A PGR reiterou ainda que "é necessário o reforço de meios e uma efetiva autonomia financeira" do MP.
O Sindicato dos Magistrados do Ministério Público e a Associação Sindical dos Funcionários da Investigação Criminal (ASFIC) da Polícia Judiciária (PJ) estão a "ultimar" uma proposta para que esta polícia fique na dependência do MP e não do Governo.
A versão final do documento, segundo o presidente do SMMP, será divulgada depois deste Congresso que decorre em Vilamoura.
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