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Intrum Justitia nega ameaças ou penhoras a utilizadores do ViaBuy

A empresa de gestão e recuperação de crédito Intrum Justitia negou hoje quaisquer "ameaças intimidatórias ou de penhora" aos subscritores do cartão de crédito ViaBuy Mastercard para pagamento das respetivas anuidades, conforme denunciou a Deco na segunda-feira.

Intrum Justitia nega ameaças ou penhoras a utilizadores do ViaBuy
Notícias ao Minuto

15:46 - 17/03/15 por Lusa

País Cartão

Em declarações à agência Lusa, o diretor-geral da Intrum Justitia confirmou que a empresa trabalha com a ViaBuy em Portugal, assessorando-a na recuperação de crédito, mas assegurou que se limita a contactar - por carta, telefone ou e-mail - os subscritores do cartão "solicitando-lhes o pagamento" das anuidades em falta.

"Não fazemos ameaças intimidatórias a ninguém, nem ameaçamos de penhora, como diz a Deco. Nós solicitamos o pagamento e, se as pessoas não querem pagar ou nos dizem que já pagaram ou que têm dúvidas, colocamos [a questão] ao nosso cliente [ViaBuy], como fazemos com todos os clientes", afirmou Luís Salvaterra.

Conforme a Lusa noticiou na segunda-feira, a associação de defesa do consumidor Deco publicou na sua página eletrónica um alerta aos subscritores do cartão de crédito ViaBuy MasterCard pré-pago para que não paguem as anuidades exigidas e cancelem o respetivo contrato durante os 14 dias de reflexão previstos.

Nesse alerta, a Deco diz ter recebido, nas últimas semanas, "inúmeras queixas" por parte de consumidores a quem está a ser reclamado o pagamento de anuidades deste cartão, que subscreveram, mas "nunca receberam".

"Quando não liquidam os montantes exigidos, recebem contactos intimidatórios e ameaças de penhora por parte da Intrum Justitia", que "representa a ViaBuy em Portugal", refere.

Salientando que, apesar de lhe ser solicitado, a Intrum Justitia "recusa-se a apresentar a prova do envio postal do cartão", a Deco diz que os 'e mails' enviados quer para esta empresa, quer para a ViaBuy, "não são respondidos".

Esta alegada indisponibilidade é também refutada pelo diretor-geral da Intrum Justitia, que garante que a empresa "responde a dezenas de 'e-mails'" e presta "todas as informações" solicitadas.

"É verdade que a ViaBuy é nosso cliente, através da nossa congénere na Holanda, e é uma empresa legal, que está associada à MasterCard, que é uma empresa mundial, e que emite um cartão com determinadas condições. Com essas condições as pessoas aderem ou não a esse cartão e, quando aderem, têm determinadas responsabilidades e é isso que nós estamos a solicitar", sustentou Luís Salvaterra.

Adiantando ter a seu cargo "à volta de 10.000 casos em Portugal" relacionados com o não pagamento de anuidades de cartões da ViaBuy, o responsável garante que grande parte dessas pessoas receberam, de facto, o cartão subscrito, e sustenta que "quem não recebeu pode pedir 'online' uma segunda via e não tem que pagar a anuidade antes disso".

"Relativamente à [questão da] ViaBuy, posso ou não concordar mas, desde que não façam nada de ilegal não é problema da Intrum Justitia. Nós é que nunca fomos contactados pela Deco para saber o que fazemos e como fazemos", concluiu.

Para Luís Salvaterra, "em vez de dizer às pessoas para não pagarem, a Deco devia era alertá-las para, quando aderem, saberem o que estão a fazer e aderirem ou não com consciência".

"Acredito que haja quem adira sem vontade de o fazer e depois não quer pagar, mas o facto é que, quando aderem, dão bastante informação (morada, e-mail, nome completo e outra informação pessoal), pelo que não é uma questão de se enganarem e carregarem [inadvertidamente] numa tecla. De qualquer forma, é para isso que são dados 14 dias, de acordo com a lei, para as pessoas se desvincularem", disse.

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