Pena suspensa para padre acusado de abuso de menores
O antigo padre foi considerado culpado de dois crimes. Abuso de duas raparigas aconteceu em 2013.
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País Golegã
É mais um caso de abuso sexual confirmado na Igreja. António Santos, antigo padre da Golegã, foi condenado a 14 meses de pena suspensa devido a factos ocorridos em 2013.
O antigo pároco foi considerado culpado de abusos a duas raparigas, uma de 14 e outra de 13 anos. O primeiro caso ocorreu durante um acampamento de jovens, enquanto o segundo aconteceu durante a Feira da Golegã.
O coletivo de juízes entendeu não aplicar a pena acessória pedida pelo Ministério Público, de proibição do exercício da profissão, por entender que as funções do padre não implicam necessariamente que tenha menores sob a sua vigilância.
O advogado do ex-padre tinha falado de versões que não eram "completamente coincidentes" e disse que "se tivesse sido praticado por uma mulher provavelmente não teria havido acusação".
O coletivo considerou os depoimentos prestados pelas vítimas como "credíveis" e "esclarecedores", enquanto a versão do arguido foi "carecida de sentido" e "não merecedora de qualquer credibilidade", nomeadamente quando alegou que o contacto com a primeira vítima se tratou de uma "massagem nas costas" para a acalmar e com a segunda de uma tentativa de retirar um lenço de dentro do bolso do casaco.
Os juízes entenderam que o padre teve "perfeita noção das partes do corpo" que tocou, que conhecia o efeito da sua conduta sobre as menores e que agiu de forma livre e consciente.
Segundo o advogado, António Santos é um "homem amargurado", porque estão em causa duas crianças, "principais vítimas de todo o empolamento dado à situação", e também pela condenação, embora em termos "mais brandos" do que o Ministério Público pedia.
Após analisar o acórdão, o advogado decidirá se vai recorrer.
[Notícia atualizada às 17:35]
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