Turismo do Centro quer contrariar litoralização e sazonalidade
O presidente da Entidade Regional de Turismo do Centro, Pedro Machado, afirmou hoje, em Coimbra, ser prioritário o combate à litoralização e sazonalidade da atividade turística na região.
© Lusa
País Pedro Machado
"A forte sazonalidade" e "a forte litoralização" da Turismo do Centro, que é a maior região turística do país, abrangendo cem municípios, são "problemas estruturantes" desta área, que é urgente combater, defendeu Pedro Machado, que falava hoje, no auditório da Reitoria da Universidade de Coimbra, numa sessão informativa sobre os instrumentos financeiros europeus de apoio a projetos na área do turismo.
Por isso, a coesão territorial é a principal "linha orientadora" da ação da Turismo do Centro, sublinhou Pedro Machado, apelando às centenas de empresários e agentes turísticos que participaram na sessão a definirem os seus investimentos de acordo com esta realidade.
Os investimentos que promovam a coesão territorial "têm de ser prioritários", mas também têm de ser "sustentáveis e de complementaridade" com as estruturas que já existem, sustentou.
A baixa taxa de permanência dos turistas na região (média de 1,78 noites, contra a média nacional de 2,2 noites por turista) é outro dos problemas estruturantes da região, disse Pedro Machado, apelando aos empresários que também definam os seus projetos em função deste fenómeno.
O presidente da Turismo do Centro acredita que o combate a estas e outras dificuldades da região passa pela diversificação e qualificação da oferta, apontando o Centro de Convenções e Espaço Cultural, no Convento de São Francisco, em Coimbra, que deverá ficar concluído no final deste ano, como um importante meio para diversificar a oferta turística da região, onde falta um centro de congressos com a dimensão (1.125 lugares) e características daquele.
"A atividade turística não se confina apenas à cadeia do alojamento", alertou Pedro Machado, referindo que um estudo recente da AHRESP (Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal) concluiu que este setor representa 14,5% da economia de turismo, significando os transportes 33,7%, as agências de viagens e operadores turísticos 11,6%, as atividades recreativas e culturais 4,2% e a restauração e bebidas 36%.
"As empresas de animação, as atividades culturais, o comércio, os serviços e a restauração são igualmente importantes para podermos ter um destino [turístico na região Centro] mais maduro e mais competitivo", concluiu o presidente da Turismo do Centro.
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