Lisboa e Palmela candidatam-se a fundos para requalificar castelos
O município de Lisboa vai candidatar-se, juntamente com o de Palmela, a fundos comunitários para requalificar o Castelo de São Jorge e o Castelo de Palmela, anunciou hoje o vereador do Urbanismo da capital.
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País Urbanismo
Manuel Salgado, que falava na reunião camarária pública desta tarde, indicou que a aprovação do Programa de Valorização Cultural e Territorial da Alcáçova de Lisboa irá "formalizar a candidatura conjunta com Palmela a fundos europeus" para ambos os municípios reabilitarem os seus castelos.
A proposta para a criação deste programa foi aprovada com a abstenção do CDS-PP e votos favoráveis do PSD, PCP e maioria socialista na Câmara, que inclui também os Cidadãos por Lisboa.
O Castelo de São Jorge está situado no seio da Alcáçova de Lisboa, um enclave de 6,5 hectares que inclui também o bairro do Castelo, no qual moram 355 moradores.
Na apresentação do programa, Manuel Salgado frisou que a intervenção neste monumento vem na sequência de projetos de planos que a Câmara de Lisboa "está a preparar a colina do Castelo, que têm em conta a importância do Castelo como polo mais visitado da cidade".
No ano passado, registaram-se 1.205.755 visitantes, número que o vereador do Urbanismo espera que aumente 25% este ano, também na sequência de novos acessos àquela zona.
No final de janeiro, o município aprovou a realização de estudos para a instalação de um funicular, de escadas rolantes e de um elevador para facilitar os acessos à Graça, à Mouraria e à Sé, respetivamente, tanto para residentes como para visitantes, que vão ser tidos em conta neste programa de valorização.
Hoje, Manuel Salgado indicou que o município vai realizar sondagens para verificar a possibilidade de construção de um parque de estacionamento subterrâneo sob o campo de jogos da Verbena com 180 lugares, destinados essencialmente a moradores.
A Câmara vai ainda "ter reuniões com a Direção-Geral do Património Cultural para clarificar quais os condicionamentos existentes", adiantou.
"O turismo tem grande importância, mas é fundamental pensar nos residentes", sublinhou.
Questionado pelos vereadores António Prôa (PSD) e João Gonçalves Pereira (CDS-PP), sobre prazos e investimento neste programa, Manuel Salgado respondeu que "no último trimestre de ano" a Câmara terá todos os prazos escalonados.
Quanto aos valores, o autarca assinalou que os acessos ao Castelo vão custar seis milhões de euros, sendo que o funicular e as escadas rolantes estarão prontos "até ao final de julho" e o elevador da Sé "até ao final de 2015".
Já as intervenções no castelo, que incluem melhorias das infraestruturas e o incremento das valências e serviços, têm uma "primeira estimativa de 5,2 milhões de euros".
O parque de estacionamento subterrâneo custará cerca de quatro milhões de euros.
Na reunião de hoje, foi ainda aprovada a atribuição de 1,6 milhões de euros para projetos em Bairros e Zonas de Intervenção Prioritária (BIP/ZIP).
Em declarações à agência Lusa no final da reunião, a vereadora do Desenvolvimento Local, Paula Marques, afirmou que este é um "programa que está consolidado na cidade" e que visa "estimular a participação, o pensamento crítico e o trabalho em comunidade".
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