A causa da morte dos dois irmãos, David e Ruben, de 13 e 12 anos, respectivamente, e da mãe já foi confirmada. De acordo com a primeira fase das autópsias ficou claro que os menores morreram envenenados por ingestão de produtos (ainda não determinados quais) misturados em bolos. A mãe ter-se-á suicidado através da colocação pela própria de um saco de plástico na cabeça.
O Instituto da Segurança Social adiantou também ao JN que este crime aconteceu apenas quatro dias depois de o tribunal ter decretado a entrega imediata das crianças ao pai e a proibição de a mãe os visitar sem supervisão, determinando que estas visitas ocorressem em casa de familiares para que não estivesse sozinha com os menores.
A decisão do tribunal terá contribuído para agravar a depressão que a professora de 40 anos sofria e levado a este desfecho trágico. Prova disso, revela o DN, é o facto de a polícia ter encontrado no seu apartamento em Sintra três cartas de despedida, endereçadas à mãe, ao ex-marido e ao actual companheiro, e nas quais terá relacionado o crime à perda da guarda dos menores e ao processo de divórcio.
A envolver este crime está outro facto. A PSP verificou que um número e uma letra da matrícula do Opel Astra, onde foram descobertos os corpos dos dois irmãos, tinham sido alterados com fita adesiva, mas desconhece o motivo.
Entretanto, o presidente da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Risco, Armando Leandro, veio esclarecer que apesar do “desfecho trágico, o sistema não falhou” e “a comissão fez o que devia ter feito”.
Recorde-se que no passado domingo, cerca das 18h30, a PSP foi chamada ao complexo do Jamor, onde foi descoberto um carro com dois menores mortos no interior. O corpo da mãe só foi encontrado no dia seguinte, próximo da viatura.