Perdeu filha no pós-parto. 11 anos depois é indemnizada
Hospital da Guarda condenado a pagar indemnização a família que perdeu filha logo após o nascimento.
© Reuters
País Negligência médica
A Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda foi condenada a pagar 124 mil euros a uma família que perdeu a filha no pós-parto.
O caso remonta a agosto de 2004, altura em que uma mulher de 36 anos deu à luz uma menina no Hospital da Guarda.
Segundo conta a SIC, a bebé entrou em sofrimento pelas 3h da madrugada, mas só três horas depois as enfermeiras chamaram o médico à sala de partos. Nessa altura, já pouco havia a fazer.
“Eu gritava. As pessoas ouviam-me perfeitamente do corredor. Quando o doutor entrou eram 6h05 da manhã. Ouvi-o dizer às enfermeiras: ‘Meninas, toca a despachar, porque a bebé da maneira que está não sai, naturalmente’”, recordou a mãe, em declarações à estação de televisão.
Depois de participado o caso à Ordem dos Enfermeiros, Ordem dos Médicos e Inspeção-Geral das Atividades em Saúde, a família avançou com uma ação cível, em 2006.
A justiça portuguesa deu como provado que “uma intervenção rápida por cesariana teria salvado a bebé, que morreu logo após o nascimento”. A autópsia revelou que a recém-nascida não tinha má-formações e que a se morte deveu a lesões provocadas por asfixia aguda
“Desde que a minha filha faleceu nunca mais voltei a ter paz de espírito. Não havia outra forma de fazer justiça. Mas esse dinheiro não me traz felicidade nenhum. Dará uma vida melhor aos manos que tem cá, mas eu não quero esse dinheiro para nada”, contou a mulher, que depois do caso acabou por ter dois filhos: um em 2006 e outro em 2008.
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