Matou a amante porque se recusou a viver com ele. Ainda se tentou matar
A mulher não resistiu aos ferimentos e o seu filho encontra-se em estado crítico no Hospital S. João, Porto. O incidente aconteceu em Ermesinde.
© Global Imagens
País Ermesinde
António Godinho e Marinha Gonçalves eram afinal amantes. O homem que disparou mortalmente sobre uma mulher e o filho de seis anos, na Avenida Calouste Gulbenkian, em Ermesinde, fê-lo porque queria ir viver com ela e abandonar a sua esposa e a filha.
Como a amante o rejeitou, o homem matou-a e baleou a criança, que está gravemente ferida no Hospital de S. João, no Porto.
Dá conta o Jornal de Notícias que o agressor, de 55 anos, e a vítima mantinham uma relação há quase dez anos mas viviam separados, apesar de, fruto desta relação, ter surgido o menino que está nesta altura a lutar pela sua vida.
No último mês, António Godinho propôs abandonar a sua família com quem reside na Senhora da Hora, Matosinhos, para ir viver com a amante, numa casa que esta partilhava com a irmã, em Ermesinde.
António terá ficado enraivecido depois de receber o não e foi aí que as ameaças começaram. O ex-funcionário da Petrogal fazia ameaças de morte constantes e Marinha chegou mesmo a apresentar queixa na PSP.
"Além de malcriado, tornou-se possessivo e ditador. Na semana passada, gritou-lhe à porta que se ia embora e ou ela lhe ligava em dez minutos ou ele regressava e dava-lhe um tiro", explica um residente ao mesmo jornal.
Até a mulher de António já tinha tentado agredir Marinha. Há registo em 2010 de uma queixa apresentada pela vítima contra a mulher de António.
Foi esta semana que o agressor terá cumprido a 'promessa'. Telefonou à amante e pediu-lhe para descer com o filho. Os dois foram baleados à porta, sem terem tempo para reagir.
"Ele nem lhe deu tempo para falar", conta um vizinho. “Insultou-a, ao mesmo tempo que disparou os tiros”, acrescenta.
Renato foi o primeiro a cair, com um tiro na cabeça. Marinha foi de seguida, atingida no pescoço. Quando a irmã Rosa ouviu os disparos desceu imediatamente e deparou-se com aquele cenário horrendo.
"O menino estava no chão, inerte, no meio de uma grande poça de sangue. E Marinha, atrás, também não se mexia, embora não parecesse sangrar. Parecia ter visto o diabo", frisa.
O homem pôs-se em fuga, mas acabou por ser detido pela PSP. Enquanto se encontrava no interior do veículo ainda tentou pôr fim à sua vida com um frasco de veneno para ratos. Contudo, a dose foi tão pequena que apenas lhe causou mal-estar.
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