Governo autoriza abate de 3.200 sobreiros para construção de barragem
O Governo aprovou a declaração de "imprescindível utilidade pública" da obra de implementação do aproveitamento hidroeléctrico de Ribeiradio-Ermida, em construção no rio Vouga, que permite o abate de cerca de 3.200 sobreiros.
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País Vouga
O despacho dos secretários de Estado da Energia e das Florestas e Desenvolvimento Rural vem publicado esta segunda-feira no Diário da República, em resposta ao pedido da Greenvouga, a empresa concessionária do empreendimento.
No documento é declarada a "imprescindível utilidade pública" do empreendimento, que viabiliza o abate de 832 sobreiros adultos e 2.350 jovens em cerca de 11 hectares de pequenos núcleos daquela espécie com valor ecológico elevado, na zona abrangida pela obra, entre Sever do Vouga e Oliveira de Frades.
No despacho, o Governo tem em consideração o "relevante interesse público, económico e social da obra, bem como a sua sustentabilidade".
O abate fica no entanto condicionado ao cumprimento de todas as exigências legais aplicáveis e de todas as condicionantes da Declaração de Impacte Ambiental, bem como à aprovação e implementação do projecto de compensação e respectivo plano de gestão.
A concessionária, que é detida pela EDP, apresentou uma proposta de medidas compensatórias contemplando a arborização com sobreiro de 15 hectares que possuem condições edafoclimáticas adequadas, localizados no perímetro florestal da Serra do Castro, sob gestão do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas.
De acordo com a EDP, o aproveitamento hidroeléctrico de Ribeiradio-Ermida deve entrar em serviço no primeiro trimestre de 2014 e servirá cerca de 45 mil habitantes.
O aproveitamento hidroeléctrico de Ribeiradio-Ermida é uma aspiração antiga, com mais de 70 anos, das populações de Sever do Vouga e Oliveira de Frades e começou a ser construído em 2009.
O projecto pressupõe a existência de duas barragens, a de Ribeiradio e a de Ermida, que envolvem um investimento de mais de 170 milhões de euros.
O empreendimento ficará com uma potência instalada conjunta de 77 MegaWatts e uma produção na ordem dos 130 GigaWatts/hora, garantindo ainda os volumes necessários para o abastecimento público, industrial e rega, tanto a jusante do aproveitamento como a partir das albufeiras que serão criadas.
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