Quercus questiona processo da construção da nova barragem da EDP
A Quercus - Associação Nacional de Conservação da Natureza – questionou, esta segunda-feira, o processo da construção da barragem de Ribeiradio-Ermida e lamenta que não tivesse sido feito um estudo alternativo de localização da construção daquela obra.
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País Vouga
O Governo aprovou hoje a declaração de "imprescindível utilidade pública" da obra de implementação do aproveitamento hidroeléctrico de Ribeiradio-Ermida, em construção no rio Vouga, que permite o abate de cerca de 3.200 sobreiros.
É “um despacho frágil”, classificou Domingos Patacho, coordenador para a área das Florestas da Quercus, referindo que, apesar de ter sido feito um estudo de impacto ambiental para a obra, não existiu, contudo, “um estudo alternativo de localização à construção da barragem de Ribeiradio-Ermida.
O despacho dos secretários de Estado da Energia e das Florestas e Desenvolvimento Rural vem publicado hoje no Diário da República, em resposta ao pedido da Greenvouga, a empresa concessionária do empreendimento.
O ambientalista recordou que o sobreiro é uma “espécie protegida”, “uma árvore autóctone” com valor económico, pois de nove em nove anos fornece cortiça, e é um “símbolo nacional” classificado pela Assembleia da República.
Domingos Patacho reiterou a ideia de só se poder abater sobreiros quando não há alternativa e, no caso da construção da barragem de Ribeiradio-Ermida, não se fez um estudo alternativo de localização.
Os presidentes das Câmaras de Sever do Vouga e Oliveira de Frades ficaram hoje “surpreendidos” com a notícia do abate de 3.200 sobreiros para construir a barragem de Ribeiradio-Ermida, mas ambos recordaram que a EDP prometeu uma replantação.
O ambientalista sublinha que o abate de uma árvore com 50 anos, como têm alguns dos sobreiros para abate, não tem o mesmo valor que uma árvore nova replantada.
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